Vice-governador Tadeu de Souza cobra mais atenção do governo federal à Amazônia

Foto: Ricardo Machado
O vice-governador do Amazonas, Tadeu de Souza (Avante), criticou a falta de políticas públicas específicas para a região e afirmou que o país “segue de costas para o Amazonas”. A declaração foi feita em artigo publicado na quarta-feira (3/9) no site da CNN Brasil.
Segundo Tadeu, as decisões nacionais precisam considerar as reais necessidades da Amazônia, que continua excluída dos debates estratégicos do Brasil.
“Não somos exceção, somos parte essencial do país. O mesmo Brasil que desenvolve soluções para o semiárido nordestino ou para os pampas do Sul precisa, com a mesma urgência, investir em políticas sob medida para a Amazônia. Enquanto continuarem tomando decisões sobre nós sem falar conosco, o país seguirá incompleto”, escreveu.
O vice-governador ressaltou que o Amazonas mantém 97% da floresta preservada, resultado da relação equilibrada entre saber tradicional, economia e meio ambiente, além do modelo industrial que gera empregos. Apesar disso, lembrou que o estado enfrenta sérios problemas de infraestrutura e logística, como a situação da BR-319.
“Se há uma região que exige soluções criativas, pactuação federativa e políticas de longo prazo, é a nossa. E quem vive aqui já deu provas suficientes de que não quer assistencialismo, quer estrutura. Não espera milagres, espera presença. Não busca privilégio, busca equidade”, destacou.
Saiba mais:
David Almeida reafirma aliança com Omar Aziz com foco no Amazonas para 2026
Eleições 2026: Salazar diz que vai disputar Senado para “melar” campanha de Wilson Lima
Tadeu também reforçou que o Brasil precisa conhecer a Amazônia de perto e não apenas por visões superficiais.
“Nasci na zona sul de Manaus, fui aluno da rede pública, trabalhei como industriário e percorri, como advogado e servidor público, os bastidores do Estado. Conheço essa terra com os pés, não com drones. E posso afirmar: a Amazônia tem tudo para ser o elo mais forte entre o Brasil e o futuro. Mas precisa ser vista, escutada e incluída”, concluiu.
