STF marca para novembro o julgamento dos “kids pretos”

O julgamento, do grupo 3, dos militares chamados de kids pretos, acusados de envolvimento em trama de golpe de estado, foi marcado para o dia 11 de novembro pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino. As sessões ocorrerão das 9h às 12h, com extensões para o turno da tarde (14h às 19h) nos dias 11, 12, 18 e 19 de novembro.

O grupo é apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como responsáveis por ações de caráter coercitivo dentro da suposta tentativa de golpe de Estado investigada pela Polícia Federal. Segundo o inquérito, os integrantes do núcleo teriam elaborado um plano denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que previa um ataque no dia 15 de dezembro de 2022 com o objetivo de assassinar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

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Os réus respondem pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e deterioração de patrimônio tombado.

Entre os acusados estão:

• Tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo Júnior
• Tenente-coronel Sérgio Cavaliere de Medeiros
• Coronel Márcio Nunes de Resende Júnior
• Coronel Fabrício Moreira de Bastos
• Coronel Bernardo Romão Corrêa Netto
• Agente da PF Wladimir Matos Soares
• Tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo
• Tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira
• Tenente-coronel Hélio Ferreira Lima
• General Estevam Gaspar de Oliveira

As defesas negam qualquer envolvimento dos acusados na tentativa de golpe. Em 11 de setembro, a Primeira Turma do STF condenou oito integrantes do núcleo central da trama, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a 27 anos e 3 meses de prisão.

O julgamento do “núcleo 4”, que segundo a PGR teria atuado em “operações estratégicas de desinformação”, está previsto para começar em 14 de outubro. Já o “núcleo 2” aguarda a apresentação das alegações finais das defesas para que a data de julgamento seja definida.

(*)Com informações do G1