O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou nesta quinta-feira (11) o julgamento da ação penal aberta pela Corte contra o ex-senador e ex-presidente Fernando Collor. Ele é acusado de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa num processo oriundo da Operação Lava Jato.
Na sessão de ontem, o único a se manifestar, o relator ministro Edson Fachin, considerou que há provas de crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro e sinalizou que deve votar pela condenação de Collor. Contudo, a leitura do voto não terminou, e a sessão será retomada na quarta-feira (17).
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Conforme denúncia aceita pelo Supremo em agosto de 2017, o ex-parlamentar teria recebido R$ 29 milhões em propina pela suposta influência política na BR Distribuidora, empresa subsidiária da Petrobras.
Mais nove ministros ainda deverão votar.
Em seu pronunciamento, Fachin citou que a investigação mostrou que foram feitos 713 depósitos fracionados em contas mantidas por Collor. Só em dezembro de 2012, os depósitos teriam totalizado R$ 357 mil, recebidos em espécie. Ele também afirmou que documentos apreendidos uma busca e apreensão realizada na casa de Collor demonstram que o ex-senador tinha informações sobre os negócios firmados pela empresa.
O advogado de defesa Marcelo Bessa pediu, na sessão, a absolvição de Collor. Segundo ele, as acusações da PGR estão baseadas em depoimentos de delação premiada e não foram apresentadas provas para incriminar o ex-senador.