O deputado estadual Sinésio Campos foi visto apontando seu dedo em direção à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, durante a visita dela e de outros ministros do governo Lula a Manaus na quarta-feira (4). Marina estava acompanhada do vice-presidente Geraldo Alckmin para avaliar os impactos da estiagem grave no Amazonas.
Durante esse encontro, o deputado Sinésio Campos informou que usou a oportunidade para fazer uma sátira em relação ao interesse do Ministério do Meio Ambiente na BR-319, uma rodovia federal que há muito tempo se encontra em péssimas condições. A um jornalista de Manaus, Sinésio disse o que falou para Marina:
“Eu disse para a Marina que ela é daqui e precisa revolver esse impasse da BR-319“, disse sinésio Campos
Segundo informações passadas pelas assessorias do governador Wilson Lima e do senador Omar Aziz, ambos também reclamaram aos ministros sobre os entraves da via. Alckmin quando questionado sobre isso por uma jornalista disse que obras na via serão contempladas em breve.
“A BR-319 tem um trecho já pavimentado, um trecho inicial, que sai de Manaus em direção a Porto Velho e está incluída no PAC. Falei ontem antes de vir para cá com o ministro dos transportes, Renan Filho, ele criou um grupo de trabalho para que possa analisar, fazer a pavimentação, e as obras necessárias dentro do conceito do PAC, com todos os cuidados ambientais. Então já está criado o grupo de trabalho, eles já vão começar a fazer as audiências, ouvir a população, para poder avançar na questão do licenciamento”, disse Alckmin.
Leia também:
Na Aleam, deputados cobram ações na BR-319 diante da estiagem
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, também chegou a ser confrontada durante coletiva de imprensa sobre o estado das obras da BR-319, em meio à crise de estiagem que atinge o Amazonas. Em resposta, Marina ressaltou a complexidade do projeto e os desafios enfrentados ao longo dos anos. Segundo a ministra, o processo de licenciamento ambiental deve considerar três aspectos fundamentais: viabilidade econômica, social e ambiental.
“A estrada já tem um trecho que foi aberto. Parte dela possui navegabilidade e outra parte, sobretudo na área florestada, não”, afirmou.
Ela também negou que o Ibama, órgão responsável pelo licenciamento ambiental, atue para dificultar a empreitada.
“O Ibama não age para facilitar ou dificultar. Ele atende a critérios técnicos com o objetivo principal de preservar o meio ambiente. Cabe ao órgão analisar se concede ou não a licença”, reiterou.