O tempo curto de almoço dos servidores da Câmara Municipal de Manaus (CMM) deverá ser o motivo do aumento da jornada de trabalho dos funcionários efetivos e comissionados da Casa Legislativa para 8h, com intervalo de duas horas de almoço. Até o momento, os trabalhadores cumprem uma carga de 6h de trabalhos, de segunda a sexta-feira.
Nesta segunda-feira (11/03), uma comissão dentro da CMM foi constituída para realizar um levantamento e estudos necessários para a alteração da jornada de trabalho dos servidores. O ato foi publicado no Diário Oficial da Casa da última sexta-feira (08/03).
“Nós só estamos registrando e reagrupando a questão da jornada de trabalho em função do almoço. Foi identificado, durante esse primeiro mês de funcionamento do registro de ponto, que o período de almoço estava muito curto, isso fez com que nós tivéssemos que aumentar para duas horas e aumentamos a jornada em oito horas, respeitando as duas horas de horário de almoço”, explicou o presidente da Casa, vereador Caio André (Podemos), que garantiu que as finanças do parlamento não serão afetadas. “Não teremos impacto financeiro”.
Ainda com o estudo em andamento, a CMM divulgou por meio de nota que o servidor poderá adotar o regime de 6h de trabalho, para isso não receberão o auxílio alimentação de R$ R$1.468,11, conforme o Portal da Transparência do parlamento.
“Aos servidores que já estão na CMM, caso o estudo seja aprovado, a jornada poderá ser adotada. Aqueles que continuarem em jornada de 6 horas não terão mais direito ao auxílio alimentação”, diz trecho da nota.
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Servidores desanimados
Os servidores ouvidos pela reportagem mostraram descontentamento com a alteração no horário de trabalho. Um servidor com pouco mais de 15 anos de trabalho na casa declarou que os colegas de parlamento estão sendo perseguidos pelo atual presidente.
“Ele é uma espécie de ditador. Nem diálogo a gestão dele tem conosco. É um mandato que não olha para o servidor. Até pouco tempo atrás estávamos sem nossa reposição salarial. Esse presidente é um brincante”, criticou um servidor que pediu sigilo, temendo ter seus benefícios cortados.