Em entrevista ao programa Meio Dia da rádio e TV Onda Digital nesta terça-feira (29), o deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) analisou o cenário político que deve ser desenhado a partir das mudanças previstas pela reforma eleitoral, como as federações, na disputa pelos cargos de governador e deputado estadual. Para o ex-prefeito de Manaus, é a direção nacional dos partidos que vai decidir a situação nos estados.
“Os estados que têm oito deputados federais perderam força, a menos que tenham o governador e o prefeito da capital. Não temos nem uma coisa, nem outra“, avaliou, em referência ao PSB, que não vai integrar federação nas eleições majoritárias deste ano.
“Para nós, interessava uma federação com PT, PV e PC do B“, acrescentou o parlamentar, na primeira entrevista presencial após um período de distanciamento por conta da Covid-19.
O deputado afirmou que a filiação de Wilson Lima ao União Brasil, silga que detém maior fundo partidário e tempo de televisão, reduziu a vantagem do ex-governador Amazonino Mendes na corrida pelo comando do Executivo estadual.
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“O Amazonino sempre subestimou os partidos. Ele não teve percepção do alcance do União Brasil e pensou: ‘estou na frente das pesquisas, todo mundo vai me querer'”. Ele está isolado”, ponderou.
Serafim também comentou a saída de seu filho, o deputado estadual Marcelo Serafim, das fileiras do PSB. “O Marcelo estava no partido há 27 anos, então não seria justo se ele tivesse 80 mil votos para nada, porque ele não teria condições de se eleger. Ele precisaria de 190 mil votos. No Avante existe uma chapa do mesmo nível, então eles vão lutar para fazer dois candidatos”.
O parlamentar ressaltou que o prazo para transição entre legendas, a chamada janela partidária, encerra no dia 2 de abril – portanto, há risco de nomes já anunciados por alguns partidos mudarem de posicionamento na última hora.
“O PSB vai montar uma chapa para deputado estadual. São necessários 160 mil votos para elegê-lo. Estamos buscando reforços para turbinar a chapa e chegar a dois deputados“, anunciou.
Daniel Amorim, da redação