A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) foi escolhida com a relatoria da CPI das invasões às sedes dos Poderes em 8 de janeiro. A presidência ficou com o deputado federal Arthur Maia (União Brasil-BA), enquanto Cid Gomes (PDT-CE) ficou como vice-presidente.
A definição dos nomes ocorreu durante a primeira reunião da comissão, que aconteceu na manhã desta quinta-feira. O nome de Eliziane Gama chegou a ser criticado pela oposição. O senador Marcos do Val (Podemos-ES) chegou a dizer que ela não tem imparcialidade porque mantém amizade de longa data com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), maranhense como ela.
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Nesta quarta-feira, o governo sofreu revezes com a bancada do MDB. O Palácio do Planalto contava com a presença dos senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Eduardo Braga (MDB-AM) na linha de frente da CPI. Ambos inclusive eram cotados para serem relatores.
No entanto, os parlamentares têm reclamado da falta de estratégia de governo. Também pesou a rivalidade entre Lira e Renan. O presidente da Câmara chegou a vetar a presença do senador do MDB na relatoria. Diante disso, Renan preferiu não participar da comissão.
Da mesma forma, Braga, que é o líder do partido, também tem reclamado da falta de articulação do governo. Os dois se reuniram com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta e, após o encontro, Braga decidiu indicar os senadores Marcelo Castro (PI) e Veneziano Vital do Rêgo (PB) para a CPI mista.
No PSD também houve queixas. O senador Omar Aziz (PSD-AM) chegou a pedir a Otto Alencar, líder do partido, para retirar seu nome da CPI mista. Apesar disso, Aziz foi convencido a ficar na comissão. Ainda assim, o senador não considera a comissão seu foco, pois irá ser relator do arcabouço fiscal e vai se debruçar mais sobre esse tema.