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Senado corre para aprovar Marco Temporal antes do Supremo Tribunal Federal

Senadores marcaram para amanhã votação de requerimento para acelerar análise da PEC do Marco Temporal, que será discutido no STF na quarta-feira
08/12/25 às 13:59h
Senado corre para aprovar Marco Temporal antes do Supremo Tribunal Federal

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Senado Federal vota, nesta terça-feira (9/12), uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que prevê a tese do marco temporal para a demarcação de Terras Indígenas (TIs). Pela regra, os povos indígenas só teriam direito a áreas ocupadas ou sob disputa na data da promulgação da Constituição, em 5 de outubro de 1988.

A proposta é polêmica e causou desconforto entre os indígenas brasileiros, pois muitas terras em disputa judicial atualmente entraram em processo de reconhecimento após a promulgação da Constituição em 1988. No Amazonas, ao menos duas terras indígenas tiveram seus processos iniciados fora deste marco temporal, uma deles de indígenas da etnia Mura, em Autazes, e que afetou por mais de dez anos o licenciamento da mina de exploração de potássio no município localizado na Região Metropolitana de Manaus (RMM).

A PEC 48/2023 foi apresentada pelo senador Dr. Hiran (PP-RR) e recebeu relatório favorável do senador Esperidião Amin (PP-SC) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O texto ainda não foi votado pelo colegiado.


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Marco temporal envolve debate no STF

A expectativa é de que o plenário do Senado analise um requerimento de calendário especial para a matéria. Caso o pedido seja aprovado, a PEC poderia ser votada pelo Plenário em dois turnos no mesmo dia, sem a necessidade de um intervalo de cinco dias úteis entre o primeiro e o segundo turnos.

Na quarta-feira (10), o Supremo Tribunal Federal (STF) julga quatro ações que questionam a constitucionalidade da Lei 14.701, de 2023, que prevê o marco temporal para as demarcações.