Nesta sexta-feira (20/09), o vereador Rodrigo Guedes, relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Contratos — também conhecida como CPI da Corrupção —, revelou em entrevista ao programa Tribuna Livre, da Rede Onda Digital, os próximos passos da investigação. A comissão deve investigar denúncias de pagamentos realizados por empresas terceirizadas a familiares do prefeito de Manaus.
Durante a entrevista, Guedes deixou claro que o objetivo da CPI é agir com seriedade e responsabilidade, evitando conclusões precipitadas ou baseadas em “lacração” nas redes sociais.
“Eu preciso me ater aos fatos. Porque não pode ser nenhum tipo de caça às bruxas. Tem que ser séria, rígida, mas não pode ser caça às bruxas”, declarou Guedes.
A primeira reunião da CPI, realizada na Câmara Municipal de Manaus (CMM), resultou na aprovação de requerimentos de documentação e convites para depoimentos.
Segundo Guedes, os documentos requisitados às secretarias municipais, como a Secretaria Municipal de Educação (SEMED) e a de Comunicação, são essenciais para fundamentar as investigações. Ele também ressaltou que as secretarias têm 48 horas para responder às requisições, e, em caso de negativa ou ausência de resposta, a CPI recorrerá à Justiça para obter as informações.
Saiba mais sobre o caso:
- ‘CPI dos Contratos’ define convocados para depor nas próximas semanas, confira
- Membros da ‘CPI dos Contratos’ e ‘CPI da Semcom’ são definidos, confira
Além das pessoas próximas ao prefeito, as oitivas previstas incluem sócios de 14 empresas que possuem contratos com a Prefeitura de Manaus.
A lista de empresas inclui: DNA Digital; Banzeiro Comunicações, Soluções Contabilidade, Rio Negro Motors, Ouro Preto Conservação, The Set Filmes, IMarketing, Construtora Rio Piorini, SKy Line Produção – Mene Portella, Avancard, Thera Publicidade, D7 Filmes, Leo Rent a Car e Murb.
Próximos passos
A CPI já planeja uma segunda sessão para quarta-feira (25/09), quando novos detalhes sobre a investigação devem ser apresentados. Guedes afirmou que o andamento dos trabalhos dependerá da resposta das secretarias e do envio dos documentos solicitados. Caso os documentos sejam fornecidos, a comissão poderá iniciar a análise detalhada das informações e traçar um caminho investigativo mais sólido. Se não houver colaboração, a Justiça será acionada para garantir o acesso às informações