O titular da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), Saullo Vianna, reafirmou que deixará o partido União Brasil para concorrer às eleições de 2026 em outra sigla. A declaração aconteceu em entrevista ao Debate Político, do O Convergente, transmitido pela Rede Onda Digital.
Lembrando que, a janela partidária, se dá um mês antes do prazo final de filiação em 2026, somente nesse período, Saullo pode migrar para outro partido.
À ocasião, Saullo reforçou sua saída alegando que o União Brasil não é mais seguro para quem deseja concorrer ao pleito “porque é um partido que hoje, aqui no Amazonas, tem um dono, um ser soberano que manda e desmanda e diz o que é que tem que ser feito ou não no partido”.
“E todo partido que se preze, ele deve ter as suas decisões, de forma primeiramente, democrática e de forma compartilhada com os membros (do partido) para poder decidir o que é melhor e os caminhos que vai tomar”, pontuou Vianna afirmando que o União Brasil foge desse conceito.
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Segundo o secretário, várias narrativas aconteceram para ele tomar a decisão final de querer deixar do partido. Ele pontou três motivos pelo qual foram cruciais para determinar sua saída.
Saullo Vianna cita três motivos
O primeiro motivo foi ele não ter tido a oportunidade de indicar um diretório municipal para a eleição de 2024, o segundo ponto, foi ele ser o único parlamentar no Amazonas como deputado federal que não participou da indicação para compor a executiva nacional do partido.
“Teve a escolha a eleição da executiva nacional do partido e pessoas que não são da política e muito menos têm mandato, hoje compõem o diretório nacional do Partido União Brasil indicado pelo diretório do Estado do Amazonas. Eu não fui indicado, o único que não fui indicado”, explicou.
Ainda durante o período eleitoral, uma pessoa do partido, que Saullo não sabe o nome mas tem a certeza de quem mandou fazer, entrou com um pedido no Conselho de Ética para que fosse feita uma ação contra o mandato dele por infidelidade partidária.
“E por último, que para mim foi difícil. De fato, a gota d’água, foi que eu fui o único dos 59 deputados federais que a bancada do União Brasil tem na Câmara que não pôde fazer indicações de recursos de fundo eleitoral para a eleição de 2024”, frisou Vianna.

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Opções de partidos
O secretário ainda citou os partidos, principalmente de seus aliados, que estão sendo avaliados em grande potencial para migrar. Saullo diz que respeita muitos os momentos de cada vez, e que ainda vai ter conversas até tomar uma decisão.
“Diálogo sempre tem. Já conversei com vários presidentes de partidos a nível nacional, por exemplo, vou colocar as opções de partidos que nós temos, o partido Avante do prefeito David Almeida, o MDB do senador Eduardo Braga, o PSD do senador Omar Aziz. Já tive convites de partidos como o Podemos, que hoje não tem deputado federal, conversei com o presidente do Solidariedade, conversas com pessoas do Progressistas”, destacou o secretário que citou alguns com os quais teve conversas para construção política.
Segundo Vianna, a decisão partidária se dará assim que abrir a janela partidária, no período de março a abril, onde ele tomará a decisão natural, de maneira coletiva, alinhada com seu atual grupo político.
O Debate Político vai ao ar toda terça-feira, às 20h30, pelo canal 8.2, da Rede Onda Digital, e também pelo canal do YouTube do O Convergente e da Rede Onda Digital.