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Saiba quem são Rivaldo Barbosa e os irmãos Brazão, os mandantes da morte de Marielle Franco

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Os apontados na delação do ex-PM Ronnie Lessa como mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, ocorrido em março de 2018 e que vitimou, também, o motorista Anderson Gomes são: Rivaldo Barbosa, delegado e ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil), e o irmão do parlamentar, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Domingos Brazão. Chiquinho, Domingos e Barbosa foram presos no último domingo (24/03) e encaminhados para a Penitenciária Federal de Brasília.

Rivaldo Babosa é ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro e atuou em casos como o da juíza Patrícia Acioli e do pedreiro Amarildo. Além da função de delegado, Rivaldo era professor de Direito há mais de 20 anos na Universidade Estácio de Sá e, desde julho de 2022, também tinha cargo de Coordenador Adjunto do curso, na instituição. Após a prisão, no entanto, a Estácio informou que o professor não faz mais parte de seus quadros, e que já foram tomadas todas as medidas necessárias para sua substituição e para a continuidade das aulas.

Na imprensa, Rivaldo era tido como um delegado atencioso, educado e que demonstrava técnica e competência. Mas, de acordo com a Polícia Federal, essas qualidades eram usadas de formas indevidas. A investigação do caso Marielle indicou que foi Barbosa quem orientou os executores a cometerem o crime longe da Câmara dos Vereadores, para que não se caracterizasse um “crime político”. Isso garantiria que o caso ficaria fora do âmbito da PF. 


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Chiquinho Brazão foi eleito deputado federal em 2018 pelo União Brasil, partido que na noite de domingo (24/03), após a prisão, decidiu expulsá-lo da legenda. No fim de 2023, assumiu o cargo de secretário municipal de Ação Comunitária da Prefeitura do Rio, onde ficou até fevereiro deste ano, quando surgiram os primeiros rumores sobre sua possível participação nas mortes de Marielle e Anderson. Na época, sua exoneração não foi explicada. Em nota enviada ontem, a Prefeitura do Rio admitiu pela primeira vez que a mudança ocorreu por suspeitas de envolvimento no crime.

Foi eleito vereador do Rio pela primeira vez em 2004, sendo reeleito em 2008, 2012 e 2016, num total de quatro mandatos consecutivos no Legislativo Municipal. Na última passagem pelo Palácio Pedro Ernesto, o mandato de Chiquinho coincidiu com o de Marielle Franco, de 2017 (início da legislatura) até o assassinato dela, em março de 2018.

Domingos Brazão, Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) desde 2015, começou a carreira política como assessor na Câmara Municipal do Rio entre 1993 e 1994. Em 1997, assumiu o primeiro mandato eletivo, de vereador da capital fluminense, mas ficou apenas dois anos no posto. Eleito deputado estadual, assumiu em 1999 uma cadeira no Palácio Tiradentes, onde ficou 16 anos.

Domingos coleciona envolvimento em suspeitas de corrupção, fraude, improbidade administrativa, compra de votos e até homicídio. O relatório final da PF sobre as mortes de Marielle e Anderson recupera ameaças públicas de morte feitas por ele a rivais.

*com informações de CNN Brasil

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