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Rosses e Rodrigo Sá trocam farpas na CMM: “lave sua boca para falar da minha trajetória”

O embate acalorado entre os dois foi gerado após críticas a respeito da defesa pelos policiais
Rosses e Rodrigo Sá trocam farpas na CMM: “lave sua boca para falar da minha trajetória”

(Foto: Reprodução)

Na sessão plenária desta terça-feira (30/9), na Câmara Municipal de Manaus (CMM), houve um embate entre os vereadores Coronel Rosses (PL) e Rodrigo Sá (PP). O atrito ocorreu nos minutos finais da reunião, após declarações de Rosses sobre parlamentares que, segundo ele, são oriundos das forças policiais, mas não defendem os direitos da categoria em prol de interesses políticos e de grupos aos quais pertencem.

Rosses destacou que tanto ele quanto seu irmão, o deputado estadual Delegado Péricles (PL), já foram alvo de ataques nos Legislativos municipal e estadual. Em um discurso inflamado, o vereador afirmou que não está em campanha política, mas apenas expondo a realidade enfrentada pelas polícias Civil e Militar.

“Então, levianamente eu vim ser atacado aqui, de que eu tô fazendo propaganda política. Nós não estamos no período eleitoral, ainda falta um ano e meio para a eleição. Eu tô aqui falando uma verdade, que a tropa da Polícia Civil e da Polícia Militar não aguenta mais reclamar. E essas pessoas que deveriam estar honrando, sendo porta-voz, fazem questão de proteger o seu secretário”, declarou.

O parlamentar ainda ressaltou que muitos colegas que passaram pelas forças de segurança esqueceram suas origens ao assumir cargos políticos.

“Muitos aqui se esqueceram que foram policiais, eu acho que nunca nem foram, porque passaram tanto tempo no gabinete, puxando o saco de autoridade política, que não sabem o sofrimento da tropa. O que temos hoje do secretário de Segurança são maquiagens. Isso a população sabe, é só ir na rua e perguntar ao policial”, disse Rosses.

Em tom crítico, o vereador citou sua trajetória de atuação em operações.

“Eu estive no interior, troquei tiro, estive no meio da vagabundagem. Eu não sou policial de birô, que nunca se entregou uma arma na mão. Quem deveria vestir a carapuça de polícia vive a carapuça de um quase policial de gabinete”, concluiu.

Resposta de Rodrigo Sá

As declarações de Rosses provocaram a reação do vereador Rodrigo Sá, delegado da Polícia Civil. Ele afirmou que as críticas foram indiretas, mas atingiram sua atuação. Sá cobrou que Rosses fosse mais objetivo e citasse nomes diretamente.

“Eu não sei por que tanto destempero, falando de coragem, que é polícia isso e aquilo. Cite nomes, vereador. Ainda que a carapuça não tenha servido, pelo tanto de baboseira que a vossa excelência falou, cite nomes. Eu sou delegado de Polícia Civil, de classe especial, último grau da carreira. Nunca falei da sua trajetória profissional e nunca teci comentários desrespeitosos”, declarou.


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Rodrigo Sá também lembrou que já havia citado o deputado Delegado Péricles em outra ocasião, mas de forma respeitosa, cobrando sua atuação na Assembleia Legislativa.

“Agora, V. Exª, tão logo terminou aquele meu discurso, foi no meu gabinete sorrir e apertar a minha mão. Não sei se foi um atraso cognitivo que depois o fez ficar de beicinho. Então cite nomes e arque com a responsabilidade. Lave sua boca para falar da minha trajetória profissional. São 23 anos de serviço público”, retrucou o parlamentar.

Réplica de Rosses

Após a manifestação, Coronel Rosses voltou a reafirmar suas críticas. Ele acusou o colega de não respeitar a tropa e de defender padrinhos políticos.

“Se precisa de coragem para falar nomes, vereador Rodrigo Sá, então, eu deixo bem claro aqui que o senhor se dirigiu a mim e eu estou me dirigindo agora ao senhor. Quem tem que lavar a boca aqui é o senhor. Quem tem que ter atitude de homem é o senhor”, disse Rosses.

“Quer declarar guerra? Aceito a guerra. Não tenho medo do grupo político que o senhor defende. Nunca me dirigi à vossa excelência, me dirijo ao secretário de Segurança e ao governador. Foi vossa excelência que se doeu quando toquei no nome dos padrinhos políticos do grupo do qual o senhor faz parte”, disparou.