O Ministério Público Federal (MPF), em conjunto com a Polícia Federal (PF), está em meio a uma investigação que envolve o senador Romário (PL-RJ) e o vereador Marcos Braz (PL), que também é vice-presidente de futebol do Flamengo, por um alegado esquema de desvio de verbas públicas. As averiguações se relacionam a projetos esportivos da Prefeitura do Rio de Janeiro e ganharam destaque após divulgação pelo site UOL nesta segunda-feira (27/5).
As investigações tiveram início a partir da delação premiada do empresário Marcus Vinícius Azevedo da Silva, detido em 2019 sob acusação de desvio de recursos de projetos sociais governamentais e municipais no Rio de Janeiro. O acordo de colaboração foi firmado em 2020 com a Procuradoria-Geral da República (PGR). Segundo o delator, os recursos desviados estavam direcionados a uma organização não governamental (ONG), com suposto intuito de beneficiar Romário.
Os desvios teriam ocorrido durante o período em que Braz ocupava o cargo de Secretário Municipal de Esportes do Rio, entre janeiro de 2015 e março de 2016. De acordo com o depoimento, a ONG em questão recebia verbas por meio de contratos com a prefeitura, porém, os desvios se davam pelo pagamento de quantias superiores aos serviços efetivamente prestados.
Saiba mais:
- MPAM investiga denúncia de William Alemão sobre desvio de verba pública e propaganda eleitoral antecipada
- Voto de Romário contra PEC do STF causa mal-estar no PL
O MPF solicitou à prefeitura do Rio de Janeiro informações sobre os contratos firmados por Braz com o Centro Brasileiro de Ações Sociais para Cidadania (Cebrac). Os contratos em questão totalizam 13 milhões de reais, sendo o primeiro de julho de 2015 para gestão da Vila Olímpica do Greip e o segundo de novembro do mesmo ano, no valor de R$ 8,5 milhões, para administração da Vila Olímpica Nilton Santos.
Em resposta ao caso, a assessoria de Romário classificou a delação como “vaga e imprecisa”, afirmando que o senador não é responsável pelas ações do ex-secretário. Alegaram confiança na Justiça e na expectativa de arquivamento da investigação. Por outro lado, Marcos Braz optou por não se manifestar sobre o assunto quando procurado.
*com informações de Carta Capital e UOL