A revista Veja divulgou áudios nesta quinta-feira (21/3) nos quais o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, alega ter sido pressionado a delatar eventos dos quais não tinha conhecimento ou que não ocorreram, durante depoimentos à Polícia Federal.
Nos áudios, Cid menciona uma suposta narrativa pré-determinada pela Procuradoria-Geral da República e pelo ministro Alexandre de Moraes, relator das investigações sobre o militar no Supremo Tribunal Federal (STF), sugerindo que estariam aguardando o momento certo para efetuar prisões.
“O Alexandre de Moraes já tem a sentença dele pronta, acho que essa é que é a grande verdade. Ele já tem a sentença dele pronta. Só tá esperando passar um tempo. O momento que ele achar conveniente, denuncia todo mundo, o PGR [procurador-geral da República] acata, aceita e ele prende todo mundo”, diz trecho dos áudios divulgados.
As declarações, segundo a revista, teriam ocorrido no início da semana passada.
Confira os áudios divulgados pela Veja:
DESCRIÇÃO DOS ÁUDIOS DE MAURO CID:
“Eles (os policiais) queriam que eu falasse coisa que eu não sei, que não aconteceu. Não adiantava porque a minha versão não é verdadeira e que não podia ser assim, que eu tava mentindo”
“Eles estão com a narrativa pronta. Eles não queriam saber a verdade. Eles queriam só que eu confirmasse a narrativa deles, entendeu? É isso que eles queriam. Toda vez eles falavam. Oh, a sua colocação, a sua colaboração boa. Por exemplo, eles falavam ‘você vai ser indiciado por nove negócio de vacina, por tentativa de falsificação, vai ser indiciado pro associação criminosa’ e mais um termo lá’. Ele que só nessa brincadeira são 30 anos”
“O Alexandre de Moraes é a Lei. Ele (Moraes) prende e solta quando ele quiser. Com acusação, sem acusação. Quando eu falei daquele encontro do Alexandre de Moraes com o presidente, eles ficaram desconsertados. Quer que eu fale? Não vou colocar no papel porque se não eu vou me f****. Mas o presidente se encontrou com o Alexandre de Moraes secretamente. E aí?”
“O Alexandre de Moraes já tem a sentença dele pronta. Eu acho que essa que é grande verdade. Ele já tem a sentença dele pronta. Só está esperando passar o tempo, o momento que ele achar conveniente para todo mundo. PGR acata, aceita e ele prende todo mundo. Quem mais se fu*** fui eu. Quem mais perdeu coisas fui eu. Vê todo mundo aí. Ninguém perdeu carreira, ninguém perdeu vida finaceira como eu perdi. Todo mundo já era quatro estrelas, já tinha atingido o topo. O presidente teve pix’s de milhões, ficou milionário. Pra político é até bom porque depois ele consegue se eleger fácil. O único que teve pai, filha, esposa envolvida. O único que perdeu a carreira, que perdeu a vida financeira toda fui eu. Se eu não colaborar, vou pegar 30, 40 anos. Se somar as penas para todo mundo, vai dar mais de 100 anos para todo mundo. A cama está toda armada. os magrinhos estão pegando 17 anos. Teoricamente os mais altos vão pegar quanto?”
*Com informações Veja e Agência Brasil
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A revista Veja divulgou áudios nesta quinta-feira (21/3) nos quais o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, alega ter sido pressionado a delatar eventos dos quais não tinha conhecimento ou que não ocorreram, durante depoimentos à Polícia Federal.
Nos áudios, Cid menciona uma suposta narrativa pré-determinada pela Procuradoria-Geral da República e pelo ministro Alexandre de Moraes, relator das investigações sobre o militar no Supremo Tribunal Federal (STF), sugerindo que estariam aguardando o momento certo para efetuar prisões.
“O Alexandre de Moraes já tem a sentença dele pronta, acho que essa é que é a grande verdade. Ele já tem a sentença dele pronta. Só tá esperando passar um tempo. O momento que ele achar conveniente, denuncia todo mundo, o PGR [procurador-geral da República] acata, aceita e ele prende todo mundo”, diz trecho dos áudios divulgados.
As declarações, segundo a revista, teriam ocorrido no início da semana passada.
Confira os áudios divulgados pela Veja:
DESCRIÇÃO DOS ÁUDIOS DE MAURO CID:
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“Eles estão com a narrativa pronta. Eles não queriam saber a verdade. Eles queriam só que eu confirmasse a narrativa deles, entendeu? É isso que eles queriam. Toda vez eles falavam. Oh, a sua colocação, a sua colaboração boa. Por exemplo, eles falavam ‘você vai ser indiciado por nove negócio de vacina, por tentativa de falsificação, vai ser indiciado pro associação criminosa’ e mais um termo lá’. Ele que só nessa brincadeira são 30 anos”
“O Alexandre de Moraes é a Lei. Ele (Moraes) prende e solta quando ele quiser. Com acusação, sem acusação. Quando eu falei daquele encontro do Alexandre de Moraes com o presidente, eles ficaram desconsertados. Quer que eu fale? Não vou colocar no papel porque se não eu vou me f****. Mas o presidente se encontrou com o Alexandre de Moraes secretamente. E aí?”
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