Ouça a Rádio 92,3

Assista a TV 8.2

Ouça a Rádio 92,3

Assista a TV 8.2

Relatório da CPI do MST poupa deputado do PT, mas pode não ser aprovado

Relatório pede indiciamento de Gonçalves Dias e João Rainha, mas aprovação do texto ainda é incógnita na votação do dia 26.

O relator da CPI do MST, Ricardo Salles (PL-SP), retirou do texto do relatório final o pedido de indiciamento do colega de comissão Valmir Assunção (PT-BA). Salles solicitou o indiciamento de outras dez pessoas, incluindo o General Gonçalves Dias, o G.Dias, ex-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), e José Rainha, liderança sem-terra.

O relatório chama de “facções criminosas” os movimentos agrários investigados. No entanto, o nome de Assunção ficou de fora dos pedidos de indiciamento. Durante a CPI, Assunção foi apontado como líder do MST na Bahia e foi acusado de usar os assentados como “massa de manobra” para fins eleitorais.

A primeira versão do relatório incluía o pedido de indiciamento de Assunção. Porém, lideranças políticas fizeram chegar à cúpula da CPI que o texto seria rejeitado se o petista fosse mantido no relatório.


Leia mais:

Gonçalves Dias diz à CPI que deveria ter sido “mais duro” com golpistas em 8/1

Ronaldinho Gaúcho se diz vítima e fica em silêncio na CPI das Criptomoedas


Mesmo assim, há sérias chances de o relatório não ser aprovado. Ao longo do tempo, a oposição tinha maioria na CPI, mas perdeu o controle. O Centrão mudou os indicados, e deputados alinhados ao governo assumiram o lugar de opositores. A conduta de Salles, acusado de usar a CPI para se autopromover, também provocou descontentamento entre os deputados oposicionistas.

A votação do relatório está marcada para a próxima terça, 26, e a aprovação é uma incógnita. Existia resistências dos deputados em votar a favor de um texto que criminalizava um companheiro de Câmara e de CPI. Oposição e governistas teriam 13 votos cada um, e por causa desses empates, as solicitações de convocação para depoimentos foram reprovadas.

Além disso, governistas confeccionaram um relatório paralelo. Ele não criminaliza os movimentos sociais e não deve ser votado, mas ficará “para os registros históricos da Câmara”, afirmou a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), autora do documento.

No seu relatório, Salles faz elogios ao governo Jair Bolsonaro – de quem foi ministro do Meio Ambiente e ficou famoso pela expressão “passar a boiada” ao propor afrouxar a legislação ambiental no período de pandemia de Covid. Também criticou o governo Lula e diz que o agronegócio “preserva o meio ambiente”.

- Publicidade -
ICBEU - Art School

O relator da CPI do MST, Ricardo Salles (PL-SP), retirou do texto do relatório final o pedido de indiciamento do colega de comissão Valmir Assunção (PT-BA). Salles solicitou o indiciamento de outras dez pessoas, incluindo o General Gonçalves Dias, o G.Dias, ex-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), e José Rainha, liderança sem-terra.

O relatório chama de “facções criminosas” os movimentos agrários investigados. No entanto, o nome de Assunção ficou de fora dos pedidos de indiciamento. Durante a CPI, Assunção foi apontado como líder do MST na Bahia e foi acusado de usar os assentados como “massa de manobra” para fins eleitorais.

A primeira versão do relatório incluía o pedido de indiciamento de Assunção. Porém, lideranças políticas fizeram chegar à cúpula da CPI que o texto seria rejeitado se o petista fosse mantido no relatório.


Leia mais:

Gonçalves Dias diz à CPI que deveria ter sido “mais duro” com golpistas em 8/1

Ronaldinho Gaúcho se diz vítima e fica em silêncio na CPI das Criptomoedas


Mesmo assim, há sérias chances de o relatório não ser aprovado. Ao longo do tempo, a oposição tinha maioria na CPI, mas perdeu o controle. O Centrão mudou os indicados, e deputados alinhados ao governo assumiram o lugar de opositores. A conduta de Salles, acusado de usar a CPI para se autopromover, também provocou descontentamento entre os deputados oposicionistas.

A votação do relatório está marcada para a próxima terça, 26, e a aprovação é uma incógnita. Existia resistências dos deputados em votar a favor de um texto que criminalizava um companheiro de Câmara e de CPI. Oposição e governistas teriam 13 votos cada um, e por causa desses empates, as solicitações de convocação para depoimentos foram reprovadas.

Além disso, governistas confeccionaram um relatório paralelo. Ele não criminaliza os movimentos sociais e não deve ser votado, mas ficará “para os registros históricos da Câmara”, afirmou a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), autora do documento.

No seu relatório, Salles faz elogios ao governo Jair Bolsonaro – de quem foi ministro do Meio Ambiente e ficou famoso pela expressão “passar a boiada” ao propor afrouxar a legislação ambiental no período de pandemia de Covid. Também criticou o governo Lula e diz que o agronegócio “preserva o meio ambiente”.

- Publicidade -
Ivanildo Pereira
Ivanildo Pereira
Repórter de política na Rede Onda Digital Jornalista formado pela Faculdade Martha Falcão Wyden. Política, economia e artes são seus maiores interesses.

Mais lidas

Divulgação de gastos públicos em eventos patrocinados pelo Munícipio podem ser obrigatórios em PL

O vereador Paulo Tyrone (PMB) da Câmara Municipal de Manaus (CMM) propôs regras mais rígidas na realização de eventos financiados com recursos públicos. O...

Painel da CMM é usado para votação após meses “inativo” por vereadores

Nesta segunda-feira (7/7) os vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM) decidiram deixar de lado a votação de “mãozinhas” no plenário e utilizaram do...
- Publicidade -
UEA - Universidade Estadual do Amazonas  - Informativo

“Projeto foi vetado sem discussão”, diz autor de PL sobre clubes de tiro

O Projeto de Lei (PL) Nº 045/2025 que defende o reconhecimento dos clubes de tiro e das escolas de formação e reciclagem de vigilantes...

“A Câmara é omissa”, declara Rodrigo Guedes sobre a CPI dos Buracos

O vereador Rodrigo Guedes (PP) questionou, na manhã desta segunda-feira (07/07), a ausência de apoio dos parlamentares da Câmara Municipal de Manaus (CMM) para...
- Publicidade -
Tribunal de Contas do Estado do Amazonas

“Dê palpite na sua vida e não na nossa”, rebate Lula após Trump manifestar apoio a Bolsonaro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reagiu nesta segunda-feira (7/7) à declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que se manifestou...

“Deixem Bolsonaro em paz!”, diz Trump ao criticar governo brasileiro e defender ex-presidente

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em sua rede social, a Truth Social, nesta segunda-feira (7/7). O...
- Publicidade -
ICBEU - Art School
- Publicidade -
Leia também

Divulgação de gastos públicos em eventos patrocinados pelo Munícipio podem ser obrigatórios em PL

O vereador Paulo Tyrone (PMB) da Câmara Municipal de Manaus (CMM) propôs regras mais rígidas na realização de eventos financiados com recursos públicos. O...

Painel da CMM é usado para votação após meses “inativo” por vereadores

Nesta segunda-feira (7/7) os vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM) decidiram deixar de lado a votação de “mãozinhas” no plenário e utilizaram do...

“Projeto foi vetado sem discussão”, diz autor de PL sobre clubes de tiro

O Projeto de Lei (PL) Nº 045/2025 que defende o reconhecimento dos clubes de tiro e das escolas de formação e reciclagem de vigilantes...

“A Câmara é omissa”, declara Rodrigo Guedes sobre a CPI dos Buracos

O vereador Rodrigo Guedes (PP) questionou, na manhã desta segunda-feira (07/07), a ausência de apoio dos parlamentares da Câmara Municipal de Manaus (CMM) para...

“Dê palpite na sua vida e não na nossa”, rebate Lula após Trump manifestar apoio a Bolsonaro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reagiu nesta segunda-feira (7/7) à declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que se manifestou...

“Deixem Bolsonaro em paz!”, diz Trump ao criticar governo brasileiro e defender ex-presidente

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em sua rede social, a Truth Social, nesta segunda-feira (7/7). O...
- Publicidade -
- Publicidade -