Uma pesquisa realizada pelo instituto Genial/Quaest e divulgada nesta quarta-feira (2/7) aponta que mais da metade dos deputados federais avalia negativamente a relação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o Congresso Nacional. Segundo o levantamento, 51% dos parlamentares enxergam a relação de forma negativa, enquanto 30% a classificam como regular e apenas 18% a consideram positiva. O índice de não respostas ou indecisos é de 1%.
A sondagem foi feita com 203 deputados federais, entre os dias 7 de maio e 30 de junho, por meio de entrevistas presenciais e on-line. A margem de erro estimada é de 4,5 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Os dados revelam um agravamento na percepção negativa em comparação com o levantamento anterior, realizado em maio de 2024, quando 43% dos parlamentares avaliaram negativamente a relação entre o Executivo e o Legislativo. Já os que consideravam positiva somavam 22%, e os que avaliavam como regular, 33%. A queda foi sentida principalmente entre os deputados considerados independentes e até mesmo entre governistas.

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Avaliação do governo Lula por bloco político
Entre os deputados da base governista, o governo Lula ainda sustenta uma maioria de avaliações positivas, mas os números caíram em relação à pesquisa anterior. Atualmente, 42% veem a relação como positiva (contra 46% em maio), 39% como regular (37% antes) e 19% como negativa (ante 18%).
Entre os deputados independentes, a percepção negativa disparou. 65% avaliam negativamente a articulação política de Lula com o Congresso, um aumento expressivo frente aos 45% registrados em maio. Já apenas 4% veem a relação como positiva, e 29% a consideram regular.
Na oposição, a avaliação é majoritariamente crítica. 78% dos deputados oposicionistas classificam negativamente a relação com o governo — um crescimento em relação aos 71% registrados no levantamento anterior.
Nenhum parlamentar da oposição classificou a relação como positiva nesta rodada da pesquisa (em maio, eram 2%). Os que consideram regular somam 22% (eram 25% em maio).