A convenção estadual do PSDB de São Paulo foi suspensa por determinação do presidente nacional do partido, Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, até fevereiro. O evento estava marcado para ocorrer no próximo dia 29 de outubro.
Segundo uma reportagem do Metrópoles, a decisão abre um novo capítulo na profunda crise na qual o partido está mergulhado e resultou em acusações de “golpe” por integrantes do partido na capital paulista que reivindicam o controle da legenda.
Leite está em São Paulo para a reunião do Conselho de Integração Sul-Sudeste (Cosud), em parceria com os demais governadores da região. Ele manteve reuniões nessa quinta-feira (19) com tucanos paulistas.
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Segundo auxiliares, a decisão ocorreu após Leite receber uma representação feita por lideranças como os ex-deputados José Serra e José Anibal, quadros históricos do PSDB.
No documento, Leite cita “manifestações de importantes lideranças partidárias” preocupadas com o fraco desempenho do partido no Estado e “a total ausência da mobilização partidária necessária à realização das convenções agregadoras e democráticas” para justificar a intervenção.
Ele citou ainda o fato de o presidente do diretório estadual, Marco Vinholi, ter participado da festa de filiação no PL do prefeito de Jundiaí, Luiz Fernando Machado. Machado era tucano e foi um dos coordenadores da fracassada pré-campanha do ex-governador João Doria à Presidência.
A determinação do governador gaúcho suspende a realização da convenção estadual por 180 dias. Como o mandato dos atuais dirigentes vence no próximo dia 29 de outubro, o documento determina que a Executiva Nacional do PSDB designará uma comissão provisória para comandar o diretório paulista pelos próximos seis meses.
Leite é presidente provisório do PSDB e declarou que não participará das eleições nacionais da sigla, que vão ocorrer em novembro.
“As necessidades de atendimento das questões eleitorais, agora com as eleições municipais, vão exigir muito do presidente do partido para estratégias de candidatura, coligações e financiamento”, disse ele, ao afirmar que precisa priorizar o governo do Rio Grande do Sul.