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Pronunciamento de Raiff Matos divide opiniões na CMM: “Pior do que o estupro é o homicídio”

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Durante sessão plenária na Câmara Municipal de Manaus (CMM), nesta terça-feira (18/06), o vereador Raiff Matos (PL) defendeu o polêmico Projeto de Lei 1904/2024, que equipara o aborto após 22 semanas ao crime de homicídio simples. Sua fala, no entanto, divergiu opiniões entre os parlamentares presentes.

“Um crime não pode acontecer por causa de outro crime. Isso é inaceitável.”

“Por isso, eu sou a favor desse PL e espero que os deputados tirem a venda dos olhos, porque pior que o estupro é o homicídio“, declarou.

Diante da declaração de Raiff, o vereador Rodrigo Guedes criticou a fala de seu companheiro e pedeiu para que ele retirasse a afirmação.

“Eu não consigo, vereador Raiff Matos, perdoe-me, concordar com a frase que vossa excelência disse, pior do que o estupro é o homicídio. Peço que vossa excelência retire, inclusive, essa frase, porque não é uma realidade que nós, homens, vivemos”, criticou Guedes.

 

Após Raiff reagir de forma negativa ao comentário e se negar a retirar frase, Guedes voltou a falar e o acusou de estar relativizando o estupro.

“Na opinião dele (Raiff), fazer o aborto com 21 semanas, pode, está beleza, está ok. Com 22 semanas já é uma criminosa.Virou o dia ali, já é uma criminosa.”

“Essa foi a frase, dos meus três anos e seis meses de mandato, mais abjeta que eu ouvi. Relativizar estupro, pelo amor de Deus, não dá”, disse Rodrigo Guedes.


Saiba mais:


Outros pronunciamentos

Marcelo Serafim (PSB) também foi contra a fala de Raiff Matos. O parlamentar afirmou ser “radicalmente contra o aborto”, mas que as vitimas de estupro nao devem ser penalizadas.

“Você penalizar uma mulher de uma forma mais rígida que um estuprador, vereador Raiffe, é algo que vossa excelência, como cristão, não pode defender. Nós, homens, talvez não consigamos ter a dimensão do que é um estupro”, declarou.

“Eu não sou favorável ao aborto, eu sou contra o aborto. Agora, nós não podemos, enquanto cristãos, defendermos algo que penaliza tanto a mãe e para o estuprador tudo de boa”, completou.

A vereadora Professora Jaqueline, afirmou ser contra o aborto, mas completou dizendo que é um assunto delicado onde as mulheres precisam ser colocadas no centro de discussão. A parlamentar ainda criticou o discurso de políticos que utilizam o dircurso de “defensores da da familia”.

“A minha família eu posso proteger e a família do outro não é!? Quer dizer, que a dor do filho do outro, da filha do outro, é normal que ela sinta?.”

“Vamos pensar  nas mulheres, vamos pensar em quem está sendo estuprada”, declarou a parlamentar.

Já a vereadora Yomara Lins (Podemos), se declarou a favor do PL e contra o aborto.

“Ela não é culpada de toda a situação que aconteceu, ela não pode levar essa sentença de culpa.”

“Então eu sou contra pelos meus princípios, não por religião, mas pelos meus princípios, pelos meus valores, por ser mãe, por ter uma filha, por ter um filho. Devemos dar a chance da criança sobreviver e provar que ela pode mudar tanto o que aconteceu com a sua mãe e ser ali um provedor”, defendeu.

 

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