O candidato derrotado na eleição para o senador em Pernambuco, Gilson Machado foi nomeado, nesta sexta-feira (18), pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para a presidênciia da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) com um mandato de quatro anos, o que implica na permanência dele no cargo no futuro governo de Luís Inácio Lula da Silva (PT).
Gilson Machado, que se notabilizou por tocar sanfona de maneira precária nas transmissões ao vivo que Bolsonaro fazia as quintas-feiras, já foi presidente da Embratur nos dois primeiros anos do atual governo e migrou para a chefia do Ministério do Turismo, de onde saiu em 22 de março para concorrer ao Senado por Pernambuco. Ele perdeu a eleição justamente para a petista Tereza Leitão.
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Na mesma edição do Diário Oficial, Bolsonaro ainda nomeou Silvio Santos do Nascimento, que era até então o presidente da Embratur, para o cargo de diretor de Marketing, Inteligência e Comunicação da agência. Ele também terá mandato de quatro anos no novo cargo, que assume no lugar de Karisa Vilas Boas Nogueira, exonerada da função.
Também foi exonerado Édson Cavalcante de Queiroz Junior do cargo de diretor de Gestão Corporativa da Embratur, mas seu substituto não foi formalizado no diário desta sexta-feira.
Histórico
Produtor rural, empresário, veterinário, músico e líder da banda Forró da Brucelose, Gilson Machado é sobrinho do ex-deputado federal constituinte Gilson Machado Filho, já falecido.
Apesar da nomeação prever o mandato de quatro anos para um dos mais fiéis aliados de Bolsonaro, a legislação prevê que o presidente da República em exercício pode destituir o presidente da Embratur durante o mandato. Dessa forma, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode demiti-lo do cargo e nomear outro nome quando assumir a Presidência da República em janeiro do próximo ano.