A Polícia Federal (PF) divulgou nesta terça-feira, 15, imagens do circuito interno do aeroporto de Brasília que mostram o tenente-coronel e ex-ajudante de ordens Mauro Cid voltando dos Estados Unidos após recuperar o “kit ouro branco” de joias sauditas que haviam sido vendidas. As imagens teriam sido gravadas em 28 de março deste ano.
De acordo com a PF, no dia anterior à sua chegada no aeroporto de Brasília, Cid tinha viajado aos EUA para fazer a “operação resgate” das joias que tinham sido vendidas ilegalmente. Elas tinham que ser devolvidas ao Tribunal de Contas da União.
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Segundo a PF, nesse kit dentro da mochila estariam um anel, um rosário islâmico e abotoaduras de ouro. A entrega de todos os objetos, de acordo com a PF, foi concluída em 4 de abril, quando advogados do ex-presidente entregaram os outros objetos, por determinação do TCU, em uma agência da Caixa, em Brasília.
Não estaria presente nesse resgate o relógio Rolex recebido por Bolsonaro: ele foi recomprado pelo advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, em outro dia. A PF tem um recibo da recompra do Rolex, no qual aparece o nome de Wassef. Em nota, o advogado afirmou que não participou de nenhuma ação para recuperar joias, e que é vítima de fake news.
Segundo a PF, outro ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Osmar Crivelatti, esperava Cid do lado de fora para pegar as joias e levá-las ao TCU.
Cid, Wassef, Crivelatti, e o pai do tenente-coronel, o general Mauro Lourena Cid, foram alvos de operação da PF na última sexta, 11.