O vereador Paulo Tyrone (PMB) admitiu que, nesse primeiro momento, não vai assinar o documento que pede a implementação da CPI do Empréstimo, por causa das polêmicas envolta do assunto, e vai esperar o embate esfriar para tomar uma decisão mais célere sobre o caso.
“Só que a CPI hoje está caminhando por um caminho muito confuso, alguns parlamentares tornaram esse um fato político muito maior do que a necessidade de investigar esses gastos pela Prefeitura. (…). Confesso que eu ainda não tenho uma opinião formada sobre a assinatura da CPI porque ela está tomando um caminho muito perigoso, temos dois dias de discussões acaloradas entre dois vereadores e eu estou esperando acalmar um pouco para saber se essa CPI vai ter viabilidade”, disse o parlamentar durante uma entrevista.
Segundo Tyrone, ainda é preciso ver se a CPI vai ser instalada ou não na Câmara Municipal de Manaus.
O tema gerou muita repercussão em razão dos embates com os vereadores Rodrigo Guedes (PP), autor da proposta, com Aldenor Lima (União Brasil), que garantiu assinar o documento, mas ainda não assinou e rebate o colega baseado em acusações de que Guedes estaria envolvido em um esquema de noticias falsas com o filho dele, Joaquim Darc, e também parlamentares da casa legislativa.
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Já é o segundo dia que Guedes e Aldenor discutem sobre o assunto. Na sessão de hoje, vereadores como Marcelo Serafim (PSB), Eduardo Alfaia (Avante), Prof. Samuel (PSD) e Jander Lobato (PSD) tiveram que intervir para poupar as declarações polêmicas dos parlamentares.
Tyrone chegou a votar contra o projeto de lei que tramitou na casa legislativa e que foi aprovado por maioria entre os parlamentares, segundo ele, notou a falta de documentos que pudessem concretizar o pedido da Prefeitura de Manaus.
“Especificamente, a falta de um parecer da Controladoria-Geral do Município. Quando um projeto com a mensagem do Executivo vem instruída para a Câmara Municipal analisar, ela precisa vir com alguns documentos. (…) Esse projeto de lei, veio apenas com o parecer da SEMEF (Secretaria Municipal de Finanças), só que a Controladoria também é responsável pela analises de possíveis créditos que a Prefeitura possa fazer”, explicou o vereador sentido falta do parecer.
Mesmo ele sugerindo o documento, não foi acatado e mesmo assim o empréstimo foi aprovado pelos vereadores.