Pauderney Avelino (UB) chamou o vereador Professor Samuel (PSD) de “imbecil” pela fala polêmica ao afirmar que “merenda [escolar] é merenda, não é almoço”. O deputado federal interino, esteve no Programa Lomittas Tá On, nesta sexta-feira (3/01), e lamentou a fala do parlamentar reeleito.
“É um imbecil! Se ele tem esse pensamento, essa ideia sobre merenda, isso é de uma imbecilidade que não tem tamanho. Perguntei o nome, porque infelizmente eu não sabia desse pensamento do Samuel, que é um professor. Mas se ele disse que merenda é bolacha, ele é um imbecil”, disparou.
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Em maio de 2024, o vereador Professor Samuel rebateu às reclamações da vereadora Professora Jacqueline (UB) e de Elissandro Bessa (PSB) sobre a má qualidade da merenda escolar servida na rede municipal de ensino na sessão plenária. Os estudantes estariam comendo “bolacha com suco”, conforme a denúncia.
“Não posso querer encher [o aluno] de proteína e tal, senão o menino [aluno] chega em casa e nem almoça. Eu não sou contra, mas serve-se uma bolacha com suco e aí se é condenado porque, não eu acredito que está sendo acompanhado por profissionais competentes. Se existe falha, eu vejo um processo natural que precisa ser corrigido”, disse em discurso no plenário da Câmara Municipal de Manaus.
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Pauderney já atou como Secretário de Educação de Manaus, duas vezes. Em sua avaliação como gestor que carregou experiência, explicou que o cenário pode ter piorado. À época, em 2013, montou um programa de alimentação escolar.
“Eu fiz pesquisa, aqui, para fazer esse programa. Percebi que havia um déficit nutricional muito grande, óbvio que a gente sabe que nas regiões mais pobres da nossa cidade, os pais tem dificuldade de alimentar seus filhos. Vou falar sem medo de errar, muitas e talvez até a maioria das famílias tem a mãe como provedora, o pai faz o filho e vai embora, e fica a mãe, lutando e trabalhando para manter a família integrada”, destacou.
Em sua análise, durante a gestão na Educação, as crianças em situação de vulnerabilidade, tinham uma refeição completa.
“As crianças que não comiam a noite em casa, porque não tinham, eu servia o café da manhã para ir à sala de aula, e depois, tinha um lanchinho, uma fruta, normalmente depois do almoço. A criança saia alimentada, a que entrava no turno da tarde, essa criança almoçava, fazia um lanche, e saia jantada. À noite, todos jantavam”, afirmou destacando o programa alimentar.