O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sinalizou que não vai barrar a instalação de uma CPI do MEC na casa, para investigar denúncias relativas ao Ministério da Educação e o ex-ministro Milton Ribeiro. Ontem, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) protocolou o pedido de abertura da CPI, com 31 assinaturas, quatro a mais do que exigido regimentalmente.
Por outro lado, Pacheco também acenou a senadores governistas de que vai instalar também outras comissões, propostas por senadores governistas. Há três na fila, sendo a que tem mais chances seria a da CPI para investigar ONGs que atuam na Amazônia. O requerimento para esta CPI foi do senador Plínio Valério (PSDB-AM).
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O argumento da base governista é de que as CPIs das ONGs, das obras inacabadas do MEC [de autoria do senador Carlos Portinho (PL-RJ)], e a para investigar o narcotráfico (de autoria do senador Eduardo Girão, do Podemos-CE) deveriam ter prioridade sobre a CPI do MEC da oposição, por terem sido protocoladas antes.
A aposta do governo para evitar uma investigação desgastante é ganhar tempo – o recesso parlamentar começa no dia 18 de julho, e faltam pouco mais de duas semanas de trabalho antes desta data.