O Ministério das Relações Exteriores do Brasil defendeu, nesta sexta-feira (19/04), “máxima contenção” entre Irã e Israel, enquanto expressou que segue acompanhando a escalada de tensões dos dois países “com grave preocupação”.
“Brasil continua a acompanhar, com grave preocupação, episódios da escalada de tensões entre o Irã e Israel, desta vez com o relato de explosões na cidade iraniana de Isfahan”, pronunciou-se o Itamaraty, por meio de comunicado.
O apelo foi transmitido diretamente pelo Ministro Mauro Vieira ao chanceler do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, em encontro bilateral realizado na sede da Organização das Nações Unidas, em Nova York.
A decisão de fazer uma nova declaração sem condenar nenhuma das partes, segundo fontes diplomáticas, é porque a situação exige “prudência”. E não porque o Brasil escolheu um lado, como apontara a oposição.
“O Brasil continua a acompanhar, com grave preocupação, episódios da escalada de tensões entre o Irã e Israel, desta vez com o relato de explosões na cidade iraniana de Isfahan”, divulgou o Itamaraty.
Saiba mais:
Irã diz à ONU que se Israel agir, resposta será “imediata e em nível máximo”
Na ONU, representante de Israel compara líder iraniano a Adolf Hitler
Força Aérea Brasileira está em prontidão para resgatar brasileiros em Israel
Nos últimos meses, o Brasil perdeu poder de mediação, conforme avaliação de analistas. Isso porque a relação diplomática entre Brasil e Israel ficou estremecida em meio a alguns episódios, entre os quais pode-se destacar:
- o fato do presidente Lula ter comparado o que acontece em Gaza ao que o regime nazista de Adolf Hitler fez contra judeus;
- o governo de Israel ter declarado Lula persona non grata;
- o Brasil ter afirmado que o governo Netanyahu age sem qualquer limite ético ou legal.