Senadores da oposição protocolaram nesta terça-feira (28) o requerimento de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar supostas irregularidades no Ministério da Educação (MEC). O autor do pedido, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), apresentou o documento acompanhado de deputados federais, como Sâmia Bomfim (PSOL-SP), Ivan Valente (PSOL-SP) e Luiza Erundina (PSOL-SP).
A instalação do colegiado depende agora da autorização do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A proposta para a criação de uma CPI ganhou força após as suspeitas de interferência do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas investigações contra o ex-ministro da pasta Milton Ribeiro. Em uma ligação interceptada pela Polícia Federal (PF), Ribeiro disse à sua filha ter sido alertado por Bolsonaro sobre um “pressentimento” de uma possível operação de busca e apreensão contra ele.
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“Não há dúvida de que se instalou uma quadrilha no MEC. Os indícios são fortes que os esquemas dessa quadrilha chegam ao Palácio do Planalto. O medo que tem Jair Bolsonaro das declarações de Milton Ribeiro, Gilmar e Arilton, dão conta, inequivocadamente, de que existem indícios de que esse esquema de corrupção tem tentáculos no Palácio do Planalto“, disse Randolfe.
Para a abertura de uma CPI, são necessárias ao menos 27 assinaturas dos 81 senadores. O senador Randolfe Rodrigues foi responsável por colher o número regimental mínimo de apoiamentos e conseguiu 31 nomes. Os últimos a serem incluídos entre os apoiadores foram os dos senadores Izalci Lucas (PSDB-DF); Marcelo Castro (MDB-PI), presidente da Comissão de Educação da Casa; Confúcio Moura (MDB-RO) e Jarbas Vasconcelos (MDB-PE).
Via UOL