O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não se pronunciou acerca do polêmico projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados, que propõe equiparar a pena do aborto realizado após 22 semanas de gestação à do homicídio simples.
Durante sua estadia em Genebra, na Suíça, onde participou de uma palestra, Lula foi questionado por jornalistas sobre o tema. Em resposta, pediu que aguardassem seu retorno ao Brasil para que pudesse se inteirar melhor da situação.
“Você acha que não é justo, acabei de sair de uma palestra, vir falar sobre uma coisa que está sendo discutida na Câmara. Deixa eu voltar para o Brasil, tomar ‘pé da situação’, aí você pergunta e eu falo com você”, declarou o presidente.
A proposta legislativa tem gerado intensos debates no cenário político e social brasileiro, polarizando opiniões entre aqueles que defendem a proteção da vida desde a concepção e os que argumentam pela manutenção dos direitos reprodutivos das mulheres.
Em um país onde o aborto é legal apenas em casos específicos — como risco de vida para a gestante, estupro e anencefalia do feto —, a aprovação deste projeto pode significar uma mudança significativa na legislação e no tratamento dos direitos reprodutivos no Brasil.
*com informações da CNN