Nesta quarta-feira (20/11), o ministro da Defesa, José Múcio, afirmou que constrange as Forças Armadas a prisão de quatro militares do Exército, na terça-feira (19/11), durante a Operação Contragolpe da Polícia Federal (PF), por tramarem um golpe de Estado com os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Porém, Múcio argumentou ser bom que o episódio venha à tona para que os inocentes “saiam da aura de suspeição”.
“Constrange, mas é bom para as Forças Armadas que essas coisas venham à tona porque eu desejo muito que os responsáveis paguem os seus delitos perante a Justiça. É uma forma de tirar a suspeição de quem não tem culpa”, disse o ministro ao chegar no Itamaraty, onde participou de um jantar em homenagem à visita do presidente chinês, Xi Jinping
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José Múcio também disse que os militares envolvidos não representam as Forças Armadas. Ele espera que “quem mancha” a corporação seja punido.
“Não são pessoas que representam as Forças Armadas. Não estavam representando os militares. Estavam com os CPFs [deles], isso foi iniciativa de cada um. E eu desejo que tudo seja apurado, que os culpados sejam verdadeiramente julgados pela Justiça”, disse.
“Quem trata disso é o STF e a PF. Nós só sabemos quando fato é consumado, processo é concluso. Eu desejo e as Forças também desejam que verdadeiramente quem mancha o nome das Forças Armadas, se verdadeiramente for culpado, que seja punido”, completou Múcio.
A operação desta terça-feira foi autorizada por Moraes e mirou um general da reserva, um policial federal e três tenentes-coronéis com formação nas forças especiais, os chamados “kids pretos”.
*Com informações da Folha de S.Paulo e O Globo