O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, defendeu nesta segunda-feira (29/01) as publicações feitas por sua equipe em páginas oficiais do governo federal nas redes sociais que foram interpretadas como deboche. As imagens, de um homem batendo em uma porta com a onomatopeia “toc, toc, toc” e outra cujo título é “grande dia”, foram apontadas por diversos perfis como uma provocação ao vereador pelo Rio Carlos Bolsonaro (Republicanos), alvo de operação da Polícia Federal.
Sem citar expressamente o caso ou as postagens do governo, o ministro disse ser “difícil para quem raciocina em uma linguagem analógica tradicional entender o papel dos algoritmos nas ‘janelas de oportunidades e fluxos’ que a comunicação digital precisar considerar”. Comparou a questão com a oportunidade de embarcar em um assunto popular do dia.
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“É como se tivesse um trem em alta velocidade passando. Se eu ficar na frente sou atropelado. Se eu embarco junto, viajo na velocidade do trem, e levo junto a minha mensagem. A mensagem principal é a dengue, o trem é a pauta do dia. É assim que funciona. O resto é especulação e tentativa de tirar o foco do que é central e relevante neste momento”, disse em sua página no X (antigo Twitter).
É difícil para quem raciocina em uma linguagem analógica tradicional entender o papel dos algoritmos nas ‘janelas de oportunidades e fluxos’ que a comunicação digital precisar considerar. É como se tivesse um trem em alta velocidade passando. Se eu ficar na frente sou atropelado.…
— Paulo Pimenta (@Pimenta13Br) January 29, 2024
As duas publicações do governo versavam sobre a divulgação de políticas públicas do Executivo federal. Na 1ª, é pedido que as pessoas deixem que agentes comunitários entrem em suas casas para acabar com focos de mosquitos que podem transmitir a dengue. “Quando os agentes comunitários de saúde baterem à sua porta, não tenha medo, apenas receba-os”, diz a postagem.
Na 2ª, o título da publicação é “grande dia”, expressão que ficou associada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O texto anuncia o início do pagamento do salário mínimo com valor maior, de R$ 1.412.