A ministra do Turismo, Daniela Carneiro, e outros cinco parlamentares do União Brasil pediram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorização para se desfiliarem do partido sem perder seus mandatos. O pedido foi feito na quinta-feira (6), sob o argumento de “assédio” da direção nacional da sigla.
No pedido, os parlamentares pedem desfiliação do partido por justa causa, e dizem que chegaram a ter suas senhas do diretório estadual bloqueadas pela direção nacional, o que inviabilizaria a participação em convenções estaduais.
“A medida imposta pelo Presidente Luciano Bivar e seu vice, Antônio Rueda, não passou por consulta à direção nacional, da qual também faz parte o secretário-geral (…) Cumpre repisar que o arbitrário impede a formação e consolidação das bases do partido no estado, bem como qualquer iniciativa dirigida à preparação para as eleições municipais (2024) e geral (2026)”, argumentam os parlamentares.
Além da ministra do Turismo, também assinam a ação outros cinco deputados federais do Rio de Janeiro: Chiquinho Brazão (União-RJ), Juninho do Pneu (União-RJ), Marcos Soares (União-RJ), Ricardo Abrão (União-RJ) e Dani Cunha (União-RJ).
Na ação, que está sob a relatoria do ministro do Ricardo Lewandowski, os parlamentares afirmam terem sido insultados com frases como: “tomara que saia do partido”, “ninguém presta” e “prefiro começar o partido do zero no Rio”.
Além disso, o grupo de parlamenteares também diz que a cúpula da sigla recorre a “expedientes autoritários” em outros estados.
O processo ainda inclui uma carta de Waguinho, prefeito de Belford Roxo (RJ) e marido da ministra do Turismo, informando que também irá se desfiliar da União Brasil em “respeito e solidariedade” aos parlamentares.