A ex-prefeita Marta Suplicy assinou nesta sexta-feira (02/02) sua filiação ao PT, partido ao qual retorna após nove anos para ser vice de Guilherme Boulos (PSOL) na disputa pela Prefeitura de São Paulo. A volta à legenda foi um convite do presidente Lula (PT). O evento reuniu líderes e militantes petistas com energia de superação de divergências e mágoas.
A reaproximação com Marta, evidenciou a prioridade de Lula para a eleição paulistana, que pela primeira vez não terá um candidato do PT. O objetivo maior é evitar uma vitória do campo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que apoia Ricardo Nunes (MDB).
Boulos e figuras de destaque do PT, como a presidente nacional da sigla, Gleisi Hoffmann, e o ministro Fernando Haddad (Fazenda) — a quem a ex-prefeita já se referiu como “o pior prefeito que São Paulo já teve” —, além de Janja, outros três ministros e uma série de parlamentares e dirigentes.
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O discurso preparado pela ex-prefeita tratou a filiação como uma espécie de volta para casa, com exaltações às afinidades entre ela e o partido, e evitou abordar as diferenças que a levaram a deixar a legenda, bem como as críticas de parte a parte nos últimos anos.
“Estou muito emocionada, nesta noite eu só pensava nisso, que emoção seria essa volta. E realmente está sendo muito forte, voltar ao ninho, sentir que eu sou PT raiz, que nunca saiu de dentro de mim, me emociona muito e ver o carinho de todos é uma coisa muito forte”, afirmou Marta.
Ela afirmou que tomou o convite de Lula como “uma convocação” e que São Paulo deve ser “um bastião de resistência democrática”. “Juntos com Lula vencemos Bolsonaro em 2022. Novamente juntos, vamos derrotar o bolsonarismo e seus representantes aqui na capital”, disse em referência a Nunes, de quem era secretária até o mês passado.