A possibilidade de Marta Suplicy (sem partido) vir como vice de Guilherme Boulos (PSOL-SP) na disputa pela Prefeitura de São Paulo é uma escolha pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), dizem aliados do chefe do Executivo.
Prefeita da capital paulista pelo PT de 2001 a 2004, Marta deixou a legenda em 2015. Posteriormente, passou pelo MDB e Solidariedade. Desde 2020, está sem partido.
O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) fez elogios à ex-prefeita.
“Marta Suplicy foi uma grande prefeita de São Paulo, deixou marcas como CEU, bilhete único e corredores de ônibus na periferia. Mas essa definição de vice está sendo conversada ainda, não tem nada definido”, disse o pré-candidato à prefeitura de São Paulo.
“O presidente Lula tem feito as conversas (sobre a vice). Nós temos o compromisso de que o PT fará a indicação da vice, o que é natural, já que o PT sempre teve candidato em São Paulo e apoiará uma candidatura que não é do partido dessa vez. É uma questão de justiça”, afirmou Boulos
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Um encontro entre Lula, Boulos e Marta era esperado para o fim de semana, mas não foi adiante. O retorno da ex-prefeita, no entanto, está longe de ser unanimidade dentro do PT. Fontes ligadas ao partido em São Paulo fazem questão de minimizar a possibilidade. Tratam como “conversas” e não “negociação”.
A ex-prefeita ainda é secretária de Relações de Assuntos Internacionais da administração de Ricardo Nunes (MDB), pré-candidato à reeleição. Nunes já declarou que “confia” em Marta e afasta a possibilidade de traição.
Posição de Marta
Segundo aliados, a ex-prefeita sinalizou que só pretende definir seu destino político em fevereiro, para avaliar as pesquisas eleitorais. Eles ressaltam que Marta também indica cansaço em participar de uma disputa eleitoral.
O plano A do PT para a chapa eleitoral em São Paulo era Ana Estela Haddad. A esposa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (Fazenda), no entanto, resiste.