O deputado federal Mario Frias (PL-SP), ex-secretário da Cultura do governo Jair Bolsonaro (PL), fez duras críticas à Lei da Ficha Limpa. Em publicação nas redes sociais, Frias classificou a legislação como uma “imbecilidade de esquerda” e afirmou que a sociedade a “compra sem sequer refletir”.
A declaração ocorre em meio a discussões sobre mudanças na lei, impulsionadas por deputados da oposição, que buscam reduzir o prazo de inelegibilidade de políticos condenados de oito para dois anos.
“A Lei da Ficha Limpa é uma daquelas imbecilidades de esquerda, que a sociedade compra sem sequer refletir. A turma, que adora idolatrar a burocracia não eleita, atribuiu, a ela, o poder de impedir eleição popular”, escreveu.
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Mudança pode beneficiar Bolsonaro em 2026
A articulação para alterar a Lei da Ficha Limpa gerou forte reação de parlamentares da base governista. Para eles, a proposta tem um objetivo claro: permitir que Jair Bolsonaro, atualmente inelegível até 2030, possa disputar as eleições presidenciais de 2026.
A legislação foi aprovada em 2010, com amplo apoio popular, e impede a candidatura de políticos condenados por órgãos colegiados da Justiça. No entanto, opositores argumentam que a norma limita a soberania popular ao transferir o poder de decisão para o Judiciário.
Mario Frias critica inelegibilidade de Bolsonaro
Na mesma publicação, Mario Frias voltou a defender Bolsonaro e chamou de “ridícula” a acusação de que o ex-presidente teria participado de um plano de golpe de Estado. O deputado também questionou a eficácia da Lei da Ficha Limpa, citando o presidente Lula (PT) como exemplo.
“Essa conversa de que a Lei da Ficha Limpa serve para impedir criminosos de se candidatarem se esbarra na realidade de um ex-condenado como Lula presidente e de um Bolsonaro podendo ficar inelegível”, declarou.
Frias ainda acusou a legislação de ser uma ferramenta de interferência política: “A empáfia de achar que pessoas são ignorantes demais para decidirem em quem votar é a típica mentalidade de tiranete subtropical”.
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