Nesta segunda (17/2), o pastor Silas Malafaia, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), criticou os bolsonaristas que defendem a pauta do impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para as manifestações convocadas pela oposição para 16 de março. Em conversa com o colunista Igor Gadelha do Metrópoles, o pastor defendeu que a pauta das manifestações deveria ser a anistia para os presos pelo 8 de janeiro.
Em tom de crítica, o pastor declarou que os bolsonaristas que defendem o impeachment do petista “só veem o momento e são pautados pela opinião de redes sociais”. Malafaia disse:
“O que o sistema quer é isso, derruba Lula e entra (Geraldo) Alckmin. Essa conversa-fiada de que impeachment de Dilma ajudou Bolsonaro é para quem não conhece a história. O povo deu uma resposta, não foi para o impeachment de Dilma que ajudou Bolsonaro, foi para o desgoverno e a corrupção, tá certo? De 14 anos de governo do PT. Quem está falando isso ou desconhece a história ou quer se aproveitar de momento político. Acho que nós temos que ter uma visão lá na frente.
Eles têm que ser derrotados nas urnas. Não tem que dar prêmio para Alckmin substituir Lula. Eles (bolsonaristas que defendem o impeachment) só veem o momento e são pautados pela opinião de redes sociais”.
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A crítica de Malafaia se dirige especialmente ao deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), um dos integrantes da oposição que tem defendido via redes sociais o impeachment de Lula como principal pauta das manifestações.
Já Bolsonaro se manifestou sobre o assunto. O ex-presidente disse publicamente que pretende ir à manifestação no Rio de Janeiro, e não em São Paulo; e também que sua principal pauta será o projeto de anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro, e não o impeachment de Lula.
Mudança de estratégia da direita
Nesta segunda-feira (17), as redes sociais de Bolsonaro já refletem a mudança de direção na palavra de ordem para março. Em post no X, coassinado por Silas Malafaia, ele ressalta que o mote deve ser “anistia humanitária” e “Fora Lula 2026”.
O Estadão também noticiou a mudança de estratégia, afirmando que a intenção seria deixar o governo Lula “sangrar” até o pleito de 2026. Além disso, aliados de Bolsonaro teriam admitido que não há apoio político, fato concreto nem tempo hábil para a tramitação de um processo como esse no Congresso. O próprio presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), já afirmou que não tem intenção de pautar o impeachment na Casa.
*Com informações de Metrópoles e UOL.