Durante solenidade, nesta terça-feira (12/03), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu que a mulher com profissão e salário não precisa pedir ao pai dinheiro para comprar batom e calcinha. A fala foi proferida durante anúncio da abertura de 100 novos Institutos Federais de Educação.
“Quando a mulher tem uma profissão, ela tem um salário, pode custear a vida dela. Não vai viver, comer, com um homem que não goste dela. Não vai viver por necessidade, por dependência, vai viver a vida dela e vai morar com alguém se ela gostar de alguém. Vai ter a opção dela, ela vai escolher. Ela não vai ficar dependente. Não vai ficar ‘eu preciso do meu pai me dar R$ 5 para comprar um batom, eu preciso do meu pai me dar R$ 10 para comprar uma calcinha”, declarou o presidente da República.
Segundo o mandatário, a capacidade de gerir a própria vida financeira permite que as mulheres não se vejam forçadas a permanecer em relações por necessidade ou conveniência.
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A declaração do presidente no evento ressoou como um apelo pela autonomia feminina, sugerindo que uma carreira profissional para as mulheres pode servir como um escudo contra relacionamentos abusivos ou insatisfatórios.
“É fundamental que cada mulher tenha a oportunidade de se sustentar, de decidir sobre sua vida sem constrangimentos financeiros”, destacou.
"Ah, eu preciso de o meu pai me dar 5 reais para comprar um batom, 10 reais para comprar uma calcinha", diz Lula ao defender que as mulheres ganhem o próprio dinheiro. https://t.co/Cr25DheTL2 pic.twitter.com/9tNEaAYRcE
— O Antagonista (@o_antagonista) March 12, 2024
Por outro lado, há quem interpretou a fala de Lula como machista, uma semana após o presidente da República ter participado de um almoço alusivo ao Dia Internacional das Mulheres.
Nas redes sociais, alguns internautas apontaram que consideram a fala misógina, em tom de subestimação do empoderamento feminino que somente investe dinheiro para “comprar batom e calcinha”.
