Lula diz que “vagabundo que bate em mulher” não precisa votar nele nas próximas eleições

(Foto: reprodução/Instagram)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender, nesta quarta-feira (3/12), o enfrentamento à violência contra mulheres. Durante um evento em Fortaleza (CE), ele afirmou que agressores não têm seu apoio político.
Lula reforçou que não considera legítimo o voto de quem pratica esse tipo de violência. “Eu quero olhar na cara dos companheiros. Eu tenho até coragem de chegar na época da eleição e dizer: o vagabundo que bate na mulher não precisa votar no Lula para presidente da República, porque esse voto não presta”, afirmou diante do público.
O discurso ocorreu na cerimônia de entrega da Carteira Nacional Docente e de equipamentos do Programa Mais Professores no Ceará. O documento, lançado pelo governo federal, reconhece oficialmente a profissão e garante benefícios à categoria.
Ao encerrar a fala, o presidente dedicou novamente parte do pronunciamento ao combate ao feminicídio, tema que tem destacado em eventos e entrevistas nos últimos dias. Lula disse que pretende mobilizar homens para apoiar essa agenda e se colocou como “soldado” na defesa das mulheres brasileiras.
“Vou liderar um movimento dos homens que prestam neste país para que a gente possa defender as mulheres brasileiras. A luta contra o feminicídio, a luta contra a violência contra as mulheres não é uma coisa só de vocês, tem de ser uma coisa nossa, que somos a parte violenta da sociedade”, afirmou.
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Na terça-feira (2/12), em compromisso oficial em Pernambuco, Lula também tratou do tema, mencionando a primeira-dama Janja Lula da Silva e se emocionando ao comentar casos recentes de feminicídio. Ele defendeu punições mais rigorosas para autores desse tipo de crime.
“Que pena que merece um desgraçado desse? Até a morte é suave. O que nós estamos precisando é de lição de caráter, de dignidade, de educação, de respeito às nossas companheiras, às mulheres. Se não fossem elas, a gente nem existia”, disse Lula.
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O presidente relatou ainda que Janja tem cobrado uma atuação mais firme do governo após acompanhar reportagens sobre episódios de violência, como o caso de um homem preso em Pernambuco suspeito de provocar o incêndio que matou a companheira e os quatro filhos. “Ela me pediu no avião que eu assumisse uma postura mais dura contra a violência dos homens contra as mulheres”, afirmou, recebendo aplausos de pé dos participantes.
(*)Com informações do Metrópoles






