O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), manifestou nesta quinta-feira (23/5), sua posição sobre a possível taxação das compras internacionais abaixo de 50 dólares, afirmando que a inclinação é para o veto, mas também abriu espaço para negociações visando uma solução conciliatória.
A proposta de extinguir a isenção para essas compras é uma demanda do varejo brasileiro e teria um impacto direto em plataformas de e-commerce como Shein e AliExpress.
A proposta de retomada da taxação está inserida no relatório do projeto referente ao Mover, programa nacional de Mobilidade Verde e Inovação (Mover). O texto já se encontra pronto para votação na Câmara dos Deputados e, posteriormente, deverá passar pela análise do Senado.
“É provável que haja um veto, mas também é possível negociar”, afirmou Lula a jornalistas reunidos no Palácio do Planalto.
📌Lula considera veto à taxação de compras online, mas busca conciliação pic.twitter.com/ZCrHyatZ7z
— Rede Onda Digital (@redeondadigital) May 23, 2024
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Ao abordar a diversidade de perspectivas sobre o tema, o presidente destacou o perfil dos consumidores das compras internacionais de baixo valor.
“Cada um tem uma visão a respeito do assunto. Veja, quem é que compra essas coisas? São mulheres, jovens, e tem muita bugiganga. Nem sei se essas bugigangas competem com as coisas brasileiras”, ponderou.
“Como você vai proibir as pessoas pobres, meninas e moças que querem comprar uma bugiganga, um negócio de cabelo, sabe?”, completou.
Além disso, Lula enfatizou a importância de encontrar uma solução que não resulte em prejuízos para nenhum dos envolvidos.
“Então, é tentar ver um jeito de não tentar ajudar um prejudicando o outro, mas tentar fazer uma coisa uniforme. Nós estamos dispostos a conversar e encontrar uma saída”, finalizou Lula.