O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou nesta sexta (01/12) da solenidade de abertura da Presidência da Conferência das Nações Unidas para Mudança do Clima (COP28), em Dubai, nos Emirados Árabes.
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Durante seu discurso, Lula cobrou dos líderes globais o cumprimento de acordos e ações efetivas no combate às mudanças climáticas. Além disso, condenou as guerras, o uso de combustíveis fósseis e lembrou a conexão entre o impacto das mudanças climáticas e a desigualdade social.
“O planeta está farto de acordos climáticos não cumpridos. De metas de redução de emissão de carbono negligenciadas. Do auxílio financeiro aos países pobres que não chega. De discursos eloquentes e vazios. Quantos líderes mundiais estão de fato comprometidos em salvar o planeta?”, questionou.
Lula se dirigiu a cerca de 160 chefes de Estado e governos reunidos na cúpula, que participam da conferência até sábado (2/12).
De acordo com Lula, “reduzir vulnerabilidades socioeconômicas significa construir resiliência frente a eventos extremos. Significa também ter condições de redirecionar esforços para a luta contra o aquecimento global”.
Lula na COP 28
O presidente Lula chegou à COP28 por volta das 10h50 no horário local (3h50 em Brasília) e foi recebido pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, e o presidente dos Emirados Árabes, xeique Mohammed bin Zayed. Lula puxou a fila dos cerca de 160 chefes de Estado.
Ainda na manã desta sexta, estava prevista uma programação intensa durante a conferência. A expectativa era que Lula fizesse ao menos dois discursos durante o dia e se reúna com seis líderes ou chefes de Estado e governo. Na cerimônia pela manhã, o mandatário brasileiro foi um dos poucos chefes de Estado e governo a discursar.
Além dele, fizeram pronunciamento o presidente dos Emirados Árabes, bin Zayed, o secretári0-geral da ONU, António Guterres, e o rei Charles II, do Reino Unido.
Acordo histórico
Nas primeiras horas da COP28, a conferência anunciou a aprovação inédita do fundo de perdas e danos, um mecanismo que reunirá cerca de US$ 400 milhões em financiamento para apoiar países afetados pelo aquecimento global. A medida é considerada uma vitória histórica na luta contra a crise climática.
Neste ano, as delegações de cerca de 200 países reunidos no evento têm o desafio de garantir ações concretas para a transição energética e a redução de emissões de gases do efeito estufa. O Brasil tenta se posicionar como uma liderança global no combate às mudanças climáticas.
*com informações do Metrópoles