A deputada estadual Joana Darc (União Brasil) usou a tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM), na manhã desta terça-feira (18/3), para afirmar que deve denunciar formalmente o policial civil responsável pela morte de uma cadela no Hospital e Pronto-socorro Platão Araújo no sábado (15/3). O animal foi atingido por um tiro.
Segundo a deputada, o policial agiu de forma despreparada. Ela também criticou a versão dada pelo agente.
“A gente vê o despreparo de um policial que deveria saber como agir. A versão que ele diz é que os animais foram latir e atacar. Nós estamos averiguando as reais situações. Lá existem 12 animais comunitários que convivem com pessoas entrando e saindo que nunca morderam ninguém, que nunca fizeram nada para ninguém”, disse Joana Darc.
“Poderia ter atirado em outro lugar para assustar os animais. Em outra hipótese, poderia ter atirado na pata”, completou ela.
Joana Darc pede justiça
Sobre a ação, a deputada disse que a Comissão de Proteção aos Animais, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CPAMA), em que preside, vai em busca de justiça pelo caso.
“Nada contra a polícia, mas tudo contra policial despreparado que não sabe agir em ocorrência quando os animais se aproximam. Vamos buscar justiça, estamos identificando o policial e ele vai responder na medida da lei”, declarou.
Joana disse que os servidores cuidavam da cadela, assim como de outros 12 animais que vivem nas redondezas da unidade de saúde e que deve se reunir com a direção nesta quarta-feira (18/3).
“Nós, junto com os servidores que estão revoltadíssimos porque são as pessoas que cuidam diariamente dessa cadelinha, estamos nesse caso pedindo justiça. Amanhã vamos ter uma reunião com a gestão do hospital Platão para que a gente possa identificar, falar sobre esses animais, para que casos como esse não possam voltar a acontecer”, afirmou Joana Darc.
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Entenda o caso

A cachorra “Caramela” foi baleada na cabeça na madrugada deste sábado (15/3), na porta do Hospital e Pronto-Socorro Platão Araújo, na zona leste de Manaus. Segundo informações preliminares, o animal foi morto por um policial civil.
Segundo testemunhas, o policial estava acompanhando um preso do município de Presidente Figueiredo. Lá, a cachorra latiu para o agente, que teria reagido atirando.

Polícia investiga
A Polícia Civil informou que “tomou todas as providências possíveis em relação ao caso” e que a Delegacia Especializada em Crimes Contra o Meio Ambiente e Urbanismo está acompanhando o caso.