Hoje, 21, foi divulgada uma carta aberta ao partido PDT do candidato à presidência Ciro Gomes. O texto, assinado por intelectuais, políticos e líderes da América Latina, pede que Ciro desista da candidatura e declare apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, visando uma vitória deste já no primeiro turno das eleições brasileiras.
Entre os nomes que assinaram a carta, estão os de Rafael Correa e Amado Boudou, ex-presidentes do Equador e da Argentina, respectivamente; Adolfo Pérez Esquivel, ganhador do Nobel da Paz em 1980; a senadora colombiana Piedad Córdoba; o cineasta colombiano Hernando Calvo Ospina, entre outros.
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O texto da carta diz que o resultado das eleições brasileiras significará uma escolha entre “o fascismo e a democracia”, e reconhece a importância de Ciro Gomes para a política brasileira. Ainda assim, pede para que ele desista da candidatura, afirmando:
“Sabemos que você foi um lutador pelas boas causas do povo brasileiro ao longo de sua vida. É por isso a perplexidade que nos leva a te escrever esta carta e que nos move a te enviar esta mensagem fraterna, porque é incompreensível para nós, na atual situação brasileira, sua insistência em apresentar sua candidatura presidencial para o primeiro turno das eleições presidenciais no Brasil, em 2 de outubro, que sem o menor exagero pode ser considerado um ponto de virada histórico.
Você, homem político, inteligente e com vasta experiência atrás de você, sabe muito bem que sua candidatura não tem absolutamente nenhuma chance de chegar às urnas. A dura realidade é que, mantendo sua candidatura, caro camarada Ciro, a única coisa que você fará é dispersar forças, enfraquecer a força do bloco antifascista, com todas as suas contradições, facilitar a vitória de Bolsonaro e, eventualmente, abrir caminho para um novo golpe”.
Há alguns dias, membros e ex-integrantes do PDT divulgaram manifesto contra a candidatura de Ciro Gomes e pedindo o “voto necessário” a favor de Lula. No passado, o candidato já declarou que não apoiará nem Lula nem o presidente Jair Bolsonaro num eventual segundo turno da eleição.