O vereador Caio André (PSC) esteve hoje, 2, no estúdio da Onda Digital para o programa Fiscaliza Geral. Favorito para ser eleito o novo presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM) para o biênio 2023-2024, ele falou sobre a eleição que vai acontecer na próxima segunda, dia 5, e sobre como a sua presidência da casa iria se diferenciar da do atual presidente, David Reis (Avante).
Primeiro, André esclareceu sobre porque disse que não seria candidato quando veio à Onda Digital há algumas semanas:
“Quando vim aqui antes, ainda não podia dizer que era candidato porque fazia parte de grupo contrário à tentativa de reeleição do David Reis. Não podia dizer que era candidato sem ter o aval desse grupo, que surgiu do chão do plenário, da indignação de alguns representantes com práticas da CMM e da população”.
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Ele falou sobre como conduzirá a Câmara, caso seja eleito:
“Se eleito for, nossa administração vai primar pela transparência e independência. Será para os vereadores e ao encontro do que a população quer dos vereadores. Vamos ouvir a população, trazê-la para dentro da CMM através de iniciativas como o parlamento jovem e ida às escolas, pras pessoas saberem qual é o papel do vereador. Além disso, vou buscar uma maior harmonia entre os poderes e trazer a imprensa para dentro da casa. Quero ter uma boa relação com quem comunica à população”.
André também comentou sobre a atuação de David Reis e deu sua opinião sobre o racha na base do prefeito, após tentativa de alteração no regimento interno e na Lei Orgânica do Município para reeleger o presidente. Ele disse:
“Não vou voltar com o projeto do puxadinho, evidente. Mas é preciso dizer, o recurso que vai pra CMM é do Poder Legislativo, só pode ser usado para o exercício da atividade parlamentar. Jamais pode ser usado para outro fim. Não é uma defesa ao David Reis, mas se chamou de puxadinho uma obra maior que a sede da CMM hoje. O momento não era propício, não sei se seria necessário. A CMM precisa aumentar seus gabinetes, isso é fato, hoje no meu não cabem 6 funcionários. Mas precisa fazer isso com diálogo com a sociedade.
Essa tentativa de modificação da Lei Orgânica foi o estopim pro racha. A base do prefeito está em busca de ser ouvida, em busca de orientação, mas eu não diria que se esvaiu. Minha candidatura tem gente da base, independente e da oposição. E quem quiser continuar na sua tendência, vai continuar. A base busca um maior diálogo com a administração, o prefeito se distanciou muito. Mas não coloco a culpa no secretário de articulação, pra mim faltou diálogo. Os secretários não atendem os vereadores, não retornam, pedidos não são executados. Isso vai criando uma cisão e um problema para a administração. Bem, todos os problemas estouram na CMM e se as soluções não chegam para nós, quem sofre é o prefeito e os vereadores. Enfim, falta diálogo”.
E sobre o apoio público que recebeu de 22 vereadores, André disse:
“Quem declarou voto, declarou voto. Se alguém mudou de ideia, ainda não me comunicou. Até segunda, outros podem vir pro nosso lado, temos outros 2 vereadores que podem se juntar a nós. Minha candidatura nasceu do grupo de 22 vereadores, e automaticamente todos gravaram vídeos e anunciaram seus apoiamentos. Eles já vinham sendo construídos há um bom tempo”.
A entrevista completa do vereador Caio André pode ser assistida aqui.