O Coronel Alfredo Menezes, expoente da direita no Amazonas e candidato ao Senado na eleição de 2022, esteve nesta quinta, 24, no programa Meio Dia com Jefferson Coronel, da Onda Digital. Ele falou com o jornalista Jefferson Coronel sobre a sua expulsão, anunciada na quarta, do PL Manaus pela Comissão Executiva Municipal da legenda.
De acordo com o documento assinado pelo primeiro vice-presidente da comissão em Manaus, João Augusto Cordeiro Ramos, o pedido pela expulsão foi movida por violação dos deveres partidários, após Coronel Menezes ofender publicamente o atual presidente do partido em Manaus e deputado federal, Capitão Alberto Neto. Menezes teria proferido ofensas a Neto em lives, inclusive chamando-o de “Judas”.
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Sobre a expulsão, Menezes afirmou:
“No meu entendimento, o que aconteceu foi um desgaste. O presidente da municipal, o Alberto Neto, tem uns interesses, e nas minhas 2 lives apenas procurei colocar para a população quem é de direita e quem é aproveitador. Na live, disse que me coloquei contra me unir a esse deputado na caminhada para 2022. Houve essa aproximação, e eu disse que ele faria em 2022 o mesmo que fez em 2020, é a história do escorpião e do sapo.
A quem interessa isso? Tem um acordo dele com o prefeito e forças políticas, pra que isso ocorra. Ora, não se pode mais criticar ninguém? Esse sujeito, o Alberto Neto, não é bolsonarista raiz, ele veio das entranhas do senador Omar Aziz, isso é claro. É isso que tenho colocado”.
Ele continuou:
“Meu padrinho político é o ex-presidente Bolsonaro, ninguém mais no Amazonas pode dizer isso. Em 2020, Alberto Neto fez um acordo político com o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, numa sede de poder, e depois migrou para o PL. Por que ele migrou? Que a população faça seu julgamento.
Ele votou contra a Zona Franca de Manaus. A imprensa manauara inteira bateu nele, o chamou de traidor e eu o chamei de ‘Judas’. Ele se doeu. Não temos a liberdade de criticar alguém que pode não estar do nosso lado?
Essa decisão da municipal do PL vem no estilo Alexandre de Moraes, autocrática. O presidente dessa comissão municipal do PL, o delegado Costa e Silva, me ligou há um mês e pediu para que eu lhe pagasse uma multa que ele tem, da campanha de 2020. Bem, conversei com o Alfredo Nascimento [presidente estadual do PL] por telefone e ele disse que está esperando tudo isso chegar na esfera dele, a estadual. Na esfera municipal, já sabíamos que isso ia acontecer”.
Menezes também falou sobre o posicionamento de Alberto Neto que teria motivado a decisão de expulsão:
“Há seis meses o Alfredo Nascimento chamou todos os eleitos do PL em sua sala e definiu que Alberto Neto seria o presidente municipal, e que a deputada Débora Menezes seria a vice-presidente do diretório municipal. E é assim mesmo, essa composição do diretório municipal tem que ser com pessoas de todos os lados. Uma semana depois, ele colocou pessoas dele, sem dar satisfação para ninguém”.
O coronel Alfredo Menezes teve mais de 700 mil votos para o Senado na última eleição. Ele também falou que a reunião da comissão que decidiu pela expulsão dele do PL não teve ata.
Ele ainda afirmou no programa pretende recorrer à instância estadual, que levará a questão para o diretório nacional da legenda.
Veja a entrevista completa do coronel Menezes clicando aqui.