O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, descartou nesta quarta-feira (24/07) um possível rompimento da parceria entre os governos do Brasil e Estados Unidos no caso de uma eventual vitória do ex-presidente Donald Trump na eleição norte-americana deste ano. Haddad não acredita neste risco na relação comercial e diplomática entre os dois países.
O chefe da equipe econômica afirmou que é difícil opinar sobre eleição em outro país e disse desejar que a troca entre o Brasil e os EUA seja vista como um “intercâmbio entre Estados”.
“A gente deseja que esse intercâmbio não seja visto como um intercâmbio entre governos, mas entre Estados que têm uma relação muito antiga e que pode ser fortalecida com benefícios mútuos”, afirmou.
“Eu não vejo por que uma alternância possa colocar em risco esse tipo de parceria que está sendo tratada com a secretária [do Tesouro dos EUA, Janet] Yellen”, acrescentou.
O ministro conversou com jornalistas no Rio de Janeiro após evento paralelo ao encontro de ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do G20, grupo que reúne as 19 principais economias do mundo, a União Europeia e a União Africana.
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Após a abertura do evento paralelo ao G20 organizado pelos Emirados Árabes Unidos, sede da última Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), Fernando Haddad contou que debateu com a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, temas que “não são segredo”, como a necessidade de estruturar novas fontes de financiamento para enfrentar a fome, a mudança climática e assuntos correlatos.
No último domingo (21/07), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou que não será mais candidato à reeleição após intensa pressão interna do Partido Democrata pela sua saída. Ele endossou sua vice, Kamala Harris, para ser a candidata democrata na eleição de novembro.
Na primeira pesquisa feita após a desistência de Joe Biden da eleição à Presidência dos Estados Unidos, Kamala aparece numericamente à frente de Donald Trump e supera o republicano fora da margem de erro no cenário em que o candidato independente Robert F. Kennedy Jr. é incluído entre as opções.
No cenário no qual apenas Kamala e Trump são apontados como opções, a democrata alcança 44% das intenções de voto, contra 42% do republicano. A diferença entre os dois está dentro da margem de erro da pesquisa, de três pontos percentuais.
*Com informações da Folha de S.Paulo e O Globo