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Em visita ao Brasil, Macron deve discutir expansão da energia nuclear

A expansão da energia nuclear no Brasil deve ser um dos temas da viagem que o presidente francês Emmanuel Macron fará ao Brasil no fim do mês. A França tem cerca de 70% da energia gerada em usinas nucleares e o país tem defendido a adoção dessa tecnologia como uma ação para descarbonizar a economia.

“Essa foi a pauta da COP 28. Na conferência mundial do meio ambiente, chegou-se à conclusão que se pede o retorno da energia nuclear. E várias nações assinaram compromissos para triplicar o investimento no setor”, disse o presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo.

A guerra entre Rússia e Ucrânia fez disparar o preço da energia na Europa. A Alemanha, que sempre defendeu a energia a gás e criticava a expansão das usinas francesas, se viu refém do gás russo. A crise energética gerada pela Rússia potencializou o discurso francês de que a energia nuclear é limpa.

O Brasil se comprometeu a zerar a emissão de gases de efeito estufa até 2050. E, nesse esforço, o presidente da Eletronuclear defende que a energia nuclear pode ser uma aliada – especialmente diante do fato que o Brasil é o 7º maior detentor global de urânio.


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Modernização Angra 1

O Brasil já protocolou junto à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEM) um pedido para que a usina de Angra 1, no litoral do Rio de Janeiro, possa funcionar por mais 20 anos. Para isso, a estrutura precisa passar por obras de melhoria avaliadas em até R$ 3,5 bilhões.

Para baratear o projeto, Lycurgo pede incentivos tributários que alcançariam a casa do bilhão de reais e, assim, defende que o custo do projeto pode cair para R$ 2,5 bilhões.

O executivo, porém, não indica a origem dos recursos, nem como o governo poderia abrir mão dessa receita tributária. Em Brasília, a equipe econômica tem se esforçado para o rumo contrário: aumentar a arrecadação, especialmente com a reversão de benefícios tributários.

Lycurgo argumenta, porém, que essa isenção de impostos para o setor nuclear pode reduzir a tarifa aos consumidores em até R$ 1 bilhão.

“Por isso falamos da desoneração, ainda mais na área nuclear, que não tem similar nacional. A gente consegue reduzir esse investimento, significa menos R$ 1 bilhão na tarifa do consumidor”.

De acordo com levantamento da FGV Energia, usinas nucleares representam 2,1% da matriz energética brasileira.

Angra 3

Questionado sobre a conclusão da obra de Angra 3, o presidente da companhia, preferiu não cravar uma data. A nova usina, projetada em 1984, teve a construção iniciada em 2010 e está paralisada desde 2015. Atualmente, 70% da usina está concluída.

“O projeto é muito maior do que apenas obra civil, que representa um percentual muito pequeno do tamanho da obra. Hoje, dentro da central nuclear, mais de 11 mil equipamentos estão armazenados, esperando para serem instalados”, diz.

Uma série de fatores explica a paralisação da obra idealizada há 40 anos. A falta de caixa é um dos apontados por especialistas: com crises econômicas cíclicas, o país não dispõe de investimento para dar seguimento ao projeto.

Acidentes recentes no setor, como o desastre de Fukushima, no Japão, em 2011, também geraram entraves. Por fim, reflexos da Operação Lava Jato, chegaram a impactar no então presidente da Eletronuclear à época, Othon Luiz Pinheiro, preso por suspeita de corrupção.

*com informações da CNN Brasil

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