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Em depoimento à PF, Mauro Cid afirma desconhecer nova joia negociada nos EUA

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Nesta terça-feira (18/06), o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), em depoimento à Polícia Federal (PF), afirmou não ter conhecimento sobre a comercialização de uma nova joia recebida pelo ex-presidente da República e que teria sido negociada nos Estados Unidos.

A PF identificou um bracelete como sendo um dos itens que a equipe de Bolsonaro tentou vender no exterior.

O novo depoimento de Cid durou cerca de duas horas e ocorreu na sede da PF, em Brasília. O seu pai, o general Mauro Lourena Cid,participou da oitiva por meio de videoconferência do Rio de Janeiro e também negou saber sobre a negociação do objeto.

Segundo as investigações da Polícia Federal, Mauro Cid e o pai atuaram na comercialização de relógios e esculturas em lojas dos Estados Unidos. Parte do dinheiro dessas negociações foi encaminhada à conta do general, que comandava o escritório da Apex em Miami.


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Conforme a PF, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro atuou para desviar do acervo presidencial quatro conjuntos de presentes dados a ele durante viagens oficiais à Arábia Saudita e ao Bahrein. As missões ocorreram entre 2019 e 2021.

Na última semana, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, afirmou que a identificação da nova joia vai robustecer as investigações.

“Foi nessa diligência do exterior, com a equipe do FBI, que se teve notícia dessa nova joia negociada e que não estava no foco da investigação. Houve um encontro de um novo bem vendido no exterior e isso talvez tenha sido um dos fatores para atrasar a conclusão do inquérito. Esse encontro robustece a investigação que se iniciou desde a apreensão no aeroporto”, afirmou Rodrigues.

E quando foi convocado a depor no inquérito das joias, Jair Bolsonaro ficou em silêncio diante da PF.

O inquérito do suposto desvio do acervo presidencial está na fase final e deve ser concluído até o fim deste mês. O caso é relatado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

*Com informações da Folha de S.Paulo e CNN Brasil

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