Nesta quinta-feira, 20, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), entrou com uma representação no Ministério Público contra o ex-deputado federal Jean Wyllys por homofobia.
O pedido foi motivado pela discussão no Twitter ocorrida entre eles no último dia 15. Wyllys chamou o governador gaúcho de “gay com homofobia internalizada” após Leite anunciar que ele manteria o sistema de ensino cívico-militar no Rio Grande do Sul, contrariando o Ministério da Educação.
Wyllys escreveu o seguinte no Twitter:
“Que governadores héteros de direita e extrema-direita fizessem isso já era esperado. Ma de um gay…? Se bem que gays com homofobia internalizada, em geral, desenvolvem libido e fetiches em relação ao autoritarismo e aos uniformes; se for branco e rico então… Tá feio, bee!”.
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Leite respondeu, chamando a manifestação do deputado de “deprimente”.
Em sua representação, o governador diz que a postagem de Wyllys “desbordou” os limites da liberdade de expressão e “ofende o decoro e a dignidade de sua pessoa, mas também da função exercida pelo chefe do Poder Executivo estadual, pois a declaração pretende associar sua orientação sexual às decisões de governo”.
Wyllys deixou o Brasil no começo de 2019, nos primeiros meses do governo Jair Bolsonaro, por ter sofrido ameaças de morte. Ele voltou ao país no começo de julho.