O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar da Costa Neto, afirmou nesta quarta-feira (19/03) que Eduardo Bolsonaro (PL) retornará ao Brasil em quatro meses e que será o candidato do partido ao Senado. A informação foi confirmada pelo Poder360.
Na última terça-feira (18/03), Eduardo Bolsonaro declarou que pediu licença do mandato para permanecer nos Estados Unidos, onde está desde o dia 27 de fevereiro. O deputado justificou a decisão alegando que o “Brasil já não é um local seguro para fazer oposição”.
Em entrevista concedida à CNN Brasil, Eduardo Bolsonaro declarou ser improvável a possibilidade de voltar ao país para concorrer ao Senado. Segundo o Congressista, ele só faria isso se houve uma mudança na situação política do país, afirmando que o Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, vem interferindo no poder legislativo e executivo no Brasil.
No entanto, apesar de ter dito que solicitou a licença, informações divulgadas pela CNN Brasil indicam que o congressista ainda não deu entrada no processo, segundo o setor de licenças da Secretaria-Geral da Mesa da Câmara.
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Para obter a licença, Eduardo Bolsonaro precisa protocolar um pedido junto à Câmara dos Deputados. Em seguida, o presidente da Casa, Hugo Motta, deve deferir a solicitação. Somente após esse processo, a decisão é publicada no Diário Oficial da Câmara.
Eduardo Bolsonaro foi alvo de uma notícia-crime apresentada na Câmara dos Deputados pelo deputado Lindbergh Farias (PT-RJ). A acusação aponta que o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro estaria conspirando contra o Supremo Tribunal Federal (STF).
Horas após o anúncio de sua intenção de se licenciar do cargo, o ministro Alexandre de Moraes negou um pedido de apreensão do passaporte de Eduardo Bolsonaro. A decisão seguiu a argumentação do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que afirmou não haver elementos que justifiquem uma investigação contra o deputado.