Eduardo Bolsonaro chama PEC da dosimetria de “acordo indecoroso” e ameaça relator

(Foto: reprodução/instagram)
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) usou o seu perfil no X (antigo Twitter) para criticar a condução do PL da Anistia nesta sexta-feira (19/9) e disparou ameaças contra o relator da proposta, Paulinho da Força (Solidariedade-SP). Segundo Eduardo, a redução de penas como alternativa ao perdão total não será aceita pelos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Um conselho de amigo, muito cuidado para você não acabar sendo visto como um colaborador do regime de exceção”, afirmou o parlamentar nas redes sociais, em referência ao trabalho do relator, indicado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
. @dep_paulinho da Força, vou retribuir o conselho que me deu, sobre colocar a mão na consciência. Entenda de uma vez por todas: eu não abri mão da minha vida no Brasil e arrisquei tudo para trazer justiça e liberdade para meu povo em troca de algum acordo indecoroso e infame… pic.twitter.com/B5ybbkQIF4
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) September 19, 2025
Desde que assumiu a relatoria, Paulinho vem sinalizando que o texto não trará uma anistia “ampla, geral e irrestrita”, mas sim a dosimetria, ou seja, a redução de penas para condenados pelos atos de 8 de janeiro. A construção do parecer tem contado com diálogo com o Supremo Tribunal Federal (STF), o que Eduardo chamou de “acordo indecoroso e infame”.
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O filho do ex-presidente citou ainda a Lei Magnitsky, que prevê sanções internacionais a envolvidos em violações de direitos humanos, e disse que “todo colaborador de um sancionado é passível das mesmas sanções”. A fala foi entendida como uma ameaça direta ao relator.
Eduardo também criticou a reunião de Paulinho com os ex-presidentes Michel Temer (MDB) e Aécio Neves (PSDB-MG), realizada nesta semana para debater o projeto. “Não confio em Temer, nem em qualquer acordo com quem quer matar o meu pai”, disse, em alusão ao ministro Alexandre de Moraes, alvo constante de ataques do deputado.
Para Eduardo, a articulação política em torno do projeto representa uma tentativa de “manutenção dos crimes praticados por Alexandre de Moraes” sob o pretexto de pacificação. “Vocês nos subestimaram”, concluiu.
*Com informações Metrópoles.
