O PSDB vai escolher nesta quinta-feira (30/11) o novo presidente da sigla, em substituição ao governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. A sucessão no comando nacional da sigla pode precipitar um movimento político de saída de mandatários tucanos nos Estados, a depender dos resultados.
Agora a disputa tem o ex-deputado federal e ex-senador José Aníbal para se contrapor ao grupo do deputado federal Aécio Neves, que será representado pelo ex-governador de Goiás, Marconi Perillo, apontado como favorito.
O paulista José Aníbal decidiu apresentar-se como alternativa, buscando apoio dos mandatários nos Estados, principalmente do Nordeste, descontentes com o arranjo proposto para a reunião que ocorreu esta semana.
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Leite antecipou a saída do comando do partido – um dos motivos é a dificuldade em conciliar as responsabilidades do PSDB com as do governo gaúcho. Ele foi um dos três governadores eleitos pelo PSDB em 2022, ao lado da pernambucana Raquel Lyra e do sul-mato-grossense Eduardo Riedel.
A depender do desfecho de sua sucessão e dos demais cargos da Executiva do partido, tucanos apontam o risco de Leite cogitar novamente uma migração partidária, caso queira disputar a Presidência da República em 2026 – no ciclo eleitoral passado, ele foi cortejado para se filiar ao PSD de Gilberto Kassab.
A sigla, por sinal, também teria conversas com Raquel Lyra. Governadora eleita em Pernambuco, um dos Estados em que o presidente Lula (PT) saiu vencedor na última eleição, a tucana avalia migrar para uma sigla mais ao centro e que tenha mais proximidade com o governo federal, de acordo com fontes.
Nos bastidores do PSDB, o nome do deputado federal Aécio Neves (MG), tem sido levantado como protagonista nas articulações para definir o comando do partido.
Meses atrás, quando a gestão de Leite promoveu um evento em Brasília para relançar as bases do partido, o mineiro foi a liderança mais assediada pela militância e recebeu um desagravo após ter sido absolvido em ações relacionadas à delação premiada de executivos da JBS.