O ministro Flávio Dino, responsável pela pasta da Justiça e Segurança Pública, ordenou que a Polícia Federal participe das apurações relacionadas à tragédia que envolveu a morte de três médicos de São Paulo em um quiosque na cidade do Rio de Janeiro.
Essa determinação foi emitida na manhã desta quinta-feira, logo após o ocorrido, e se baseia na conexão de uma das vítimas com membros do Congresso Nacional.
Diego Bomfim, um dos médicos vítimas do ataque a tiros, é irmão da deputada Sâmia Bonfim (PSOL-SP), que é casada com o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ). Embora tenha sido dada essa instrução, ainda não há confirmação de que o incidente tenha motivações políticas.
Em face da hipótese de relação com a atuação de dois parlamentares federais, determinei à Polícia Federal que acompanhe as investigações sobre a execução de médicos no Rio. Após essas providências iniciais imediatas, analisaremos juridicamente o caso. Minha solidariedade à…
— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) October 5, 2023
Flávio Dino também comunicou através das redes sociais que o secretário-executivo do Ministério, Ricardo Cappelli, estará no Rio de Janeiro ainda hoje para discutir o assunto com o governador estadual, Cláudio Castro.
Sobre a execução dos médicos, conversei agora com o governador do Rio, Cláudio Castro. Polícia Civil já realizando diligências investigatórias. Polícia Federal também. Secretário Executivo do MJ, Ricardo Cappelli, irá ao Rio e reunirá com a direção da PF e com o governo do…
— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) October 5, 2023
Sobre o incidente em questão, quatro médicos de São Paulo foram alvejados durante a madrugada desta quinta-feira em um quiosque localizado na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Três desses médicos perderam a vida, enquanto um deles permanece hospitalizado. As vítimas são as seguintes:
- Diego Bomfim, 35 anos;
- Marcos de Andrade Corsato, 62 anos;
- Perseu Ribeiro Almeida, 33 anos.
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Segundo informações da Polícia Civil do Rio de Janeiro, nenhum objeto pessoal das vítimas foi roubado. Até o momento, relatos obtidos pelos investigadores sugerem que os agressores não teriam interagido verbalmente com os médicos, apenas desembarcaram de um veículo e efetuaram pelo menos 20 disparos. Atualmente, a investigação do caso está a cargo da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), e, de acordo com a decisão de Flávio Dino, contará com a colaboração da Polícia Federal. A Polícia Militar realizou buscas por suspeitos na região e intensificou o patrulhamento.
*Com informações da Carta Capital