O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse que os ministros que comandam a pasta deveriam receber “adicional” por insalubridade, dada a contínua tensão pelos temas tratados pelo órgão. A declaração foi dada nesta quarta-feira (22/11), durante o 7º Fórum CNT (Confederação Nacional do Transporte), que tem como principal objetivo debater a segurança pública.
O ministro ainda disse que não teve “vida fácil” desde que assumiu o atual cargo, no início de 2023. Ele mencionou, em tom de descontração, que o ano começou com o 8 de Janeiro e chegou a 21 de novembro com uma confusão no jogo entre Brasil e Argentina, no Maracanã, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026.
“O ministro de Justiça e Segurança deveria receber um adicional, se não de periculosidade, de insalubridade, porque os temas são muito variados e permanecem em crise. É como uma UTI na Esplanada. Eu não preciso ir até as crises, elas vêm até mim”, afirmou.
Leia mais:
Dino cita ameaça de parlamentares e deixa de ir à Câmara
Dino deve ir à Câmara em dezembro
Após sucessivas ausências para prestar esclarecimentos, Dino deve participar de audiência na Câmara dos Deputados no dia 12 de dezembro e deve ocorrer em Comissão-Geral com todos os parlamentares, segundo informou a CNN Brasil.
Por três vezes, Dino faltou às convocações da Comissão de Segurança Pública alegando risco à integridade física e moral. Em abril, Dino esteve na Câmara. A reunião precisou ser suspensa por conta da desordem generalizada e das brigas entre os parlamentares.
Desta vez, o ministro foi chamado para explicar o motivo de secretários do Ministério da Justiça terem recebido Luciane Barbosa Farias, a “dama do tráfico”. Na semana passada, veio a público que autoridades da pasta receberam, em Brasília, Luciane, casada com um líder de facção criminosa.